terça-feira, 26 de novembro de 2013


O Homem de perfil certo para o lugar certo, está a beira de receber o testemunho para mudar o PAIGC. Fazer o partido reencontrar os seus valores, assumir a sua responsabilidade para com o país e guineenses e afirmar-se no concerto das Nações. Dr. Abubacar Demba Dahaba. Dado como certo no cargo de Secretário Nacional, vai sem dúvidas ser indicado como cabeça de lista do partido nas próximas eleições legislativas. futuro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Ontem (25 de Novembro) no dia da apresentação oficial da candidatura, Dr. Abubacar Demba Dahaba, ouviu mais falar da era de renovação. Uma renovação que o partido tem de enfrentar, segundo o próprio candidato. Demba Dahaba alertou aos militantes do PAIGC sobre a necessidade de reorganizarem e apostarem em figuras competentes, porque o país está numa fase crucial.
"O período do Congresso no PAIGC, coincide com o período das eleições. É um momento crucial para fizermos aposta certas no PAIGC e para a Guiné-Bissau", assegurou. Abubacar Demba Dahaba assumiu perante aos militantes, dirigentes e simpatizantes do PAIGC, que é candidato para relançar a dinâmica do partido. "Mas isso não dependerá exclusivamente de mim. Dependerá de todos nós. Devemos tudo fazer para evitar que o partido caia num colapso político", reforçou.
A sua visão para o PAIGC, para além de defesa e aplicação dos valores modernos e democráticos, é restituir ao partido os seus valores. "E o VIIIº Congresso tem de ser um marco importante para esta viragem que todos nós queremos. Cacheu para além de uma oportunidade de renovar os órgãos do partido, deve ser um Cassacá - II. Espaço para recuperar os sagrados princípios do partido. E a recuperação dos princípios do partido passa pela aplicação de outro modelo de liderança. O actual falhou porque facilitou todos os males que até aqui aconteceram".
Falando da liderança, Abubacar Demba Dahaba insistiu que o partido tem de mudar em várias vertentes. E essa mudança, segundo ele deve iniciar em Cacheu. "Decidi entrar neste desafio, porque quero melhorar a democracia no partido e reforçar as estratégias de desenvolvimento", frisou.
Dahaba pediu aos militantes e os congressistas para estarem atentos e não permitirem que o partido seja conquistado por pessoas com interesses não identificados. "O PAIGC não pode permitir no seu seio que haja pessoas cometem continuamente os erros. Porque cada erro cometido é perda de credibilidade", avisou.
Ele que nunca perdeu de vista a união no partido, disse que o seu primeiro grande desafio é promover o encontro da grande família do PAIGC. "E com apoio de todos, vamos conseguir", rematou o homem de esperança que precisou mais de 30 minutos para concluir os cumprimentos. Não foi mesmo possível apreciar a apresentação do Kabaró, Mavongo.
 

"Conheci Dahaba desde pequeno, lutando sempre para o bem do PAIGC", Manecas, ex-Combatente
 
No Azalay Hotel, estavam muitos militantes do PAIGC. No uso de palavra apenas quatro pessoas tiveram o privilégio. Abel da Silva na qualidade de coordenador do Projecto de apoio (G - 7); Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), como amigo e colega de governação no GUN - 1999/2000; Abubacar Demba Dahaba como candidato e Manuel Maria Monteiro dos Santos (Manecas) como ex-combatente.
Carlos Domingos Gomes recordou os episódios de governação, onde na condição de ministro de Finanças, Dr. Abubacar Demba Dahaba deu provas de boa gestão. "Lembro que sempre que algum de nós levasse um documento para ele assinar, fazia avaliações. No fim, se o interesse da nação não estiver em primeiro lugar, ele recusava assinar. mesmo que invocasse o nome do Primeiro-ministro, ele não voltava a atrás. Portanto, temos pela frente, um gestor competente e responsável. Ele está a altura das responsabilidades que poderá a vir assumir no futuro", disse Cadogo Pai.
Com um discurso escutado religiosamente e efusivamente aplaudido, Manecas dos Santos foi factualista ao confessar que, não obstante ser conotado com Plataforma, aproximou de Dahaba, em função das virtudes ímpares que este apresenta. Um homem competente, honesto e trabalhador. Um militante de primeira hora que sempre privilegiou o partido. "PAIGC é portador de um Projecto de sociedade justa e moderna. Estes valores estão a ser desvirtualizados hoje. Nós, como veteranos, não estamos interessados em lugares de governação, mas estamos comprometidos em ver a frente do PAIGC, militantes competentes capazes de levar o partido a respeitá-los e ajudar a Guiné-Bissau. Dr. Abubacar Demba Dahaba que conheci desde pequeno reúne essas condições", considerou.
O lançamento da candidatura de Dr. Demba Dahaba, foi uma oportunidade para Manecas (combatente respeitado e com espaço no PAIGC) falar sobre a sociedade guineense nos dias que correm. Disse que está com medo, porque as mudanças estão a serem verificadas apenas no sentido negativo. "A sociedade não está bem, mas o nosso partido também não está. Não podemos continuar num partido que diariamente perde os seus princípios e cruzamos braços. A sociedade perde os seus princípios e o PAIGC também. Por isso, estamos nessa luta para ajudar na reorganização".
A título de exemplo da perda de valores na sociedade, Manuel Maria Monteiro dos Santos /(Manecas) recordou que, hoje quem rouba na Guiné-Bissau não é chamado ladrão. "É considerado de macho. valente. Isso, não está correcto e precisa de ser mudado. Mas pode ser só com o respeito aos valores e princípios. E Dahaba tem valor e tem princípio. Porque apesar dessa sociedade estar corrupta, ele não se vendeu", elogiou Manecas, seguido de um aplauso ensurdecedor dos presentes.
Insistindo na descrição de Demba Dahaba que disse conhecer muito bem, Manecas acrescentou que o potencial vencedor do cargo de Secretário Nacional cresceu no PAIGC e num desrespeitou os princípios. "Estamos numa corrida com um objectivo apenas: Mudar o nosso partido e a nossa sociedade pela positiva. Não tenho dúvidas que se ganhar, vai ter muito trabalho para fazer essas mudanças", concluiu Manuel dos Santos.
 

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dr. Abubacar Demba Dahaba apresentou dia 25 de Novembro a sua candidatura para o cargo de Secretário Nacional do PAIGC. A candidatura para o VIII Congresso a ter lugar em Cacheu numa data a indicar, tem quase aderência de todos. A reacção ao aparecimento público de Demba Dahaba foi simplesmente encantador e convincente. Todos sem excepção consideraram Dr. Abubabcar Demba Dahaba, candidato real a cabeça de lista do partido nas próximas legislativas.

Muita afluência dos militantes e dirigentes do PAIGC, a fé dos veteranos num salvador do PAIGC e do País: Demba Dahaba. Dos três discursos ouvidos, destaque para, Manuel Maria Monteiro (Manecas), que em nome dos Combatentes da Liberdade da Pátria, foi o mais contundente e realista. Qualificou Demba Dahaba do único capaz de conduzir o partido e retribuir-lhe os seus princípios. Único capaz de salvar a Guiné-Bissau.

Um desafio extremamente difícil, segundo Manecas, mas ao alcance de Demba Dahaba, por várias razões. Manecas recorda ter conhecido dr. Abubacar Demba Dahaba, ainda criança nas zonas libertadas, quando era elo de ligação entre os guerrilheiros do PAIGC. Depois foi um militante ordeiro e respeitador. “Mas o que mais me impressiona, não o seu conhecimento ao partido. É que num país onde os valores foram minados, o Dr. Demba Dahaba não se deixou corromper. Estou aqui para lhe dar força, mas para lhe dizer que se ganhar o Congresso, vai ter muito trabalho para retribuir o nosso partido os seus princípios e para recuperar os valores perdidos”, disse.

Por sua vez, o candidato subiu a tribuna para lançar muitos desafios aos militantes do PAIGC, congressistas e guineenses em geral. O momento é de mudança. E o PAIGC tem de mudar.

Defendeu um PAIGC coerente com os valores que ajudou a implantar. Os valores da democracia. “O PAIGC em 1994 aceitou a queda do artº 4. Implantou a democracia. Não é aceitável, mais de 15 anos depois, se continue a reinar princípios quase que antidemocráticos. Temos que mudar e fazer do PAIGC um partido respeitador das regras democráticas e que sobretudo vai permitir a separação de poderes”, afirmou.

Sereno e com um discurso de maior responsabilidade, Demba Dahaba sentiu-se mais responsabilizado quando minutos antes de usar de palavra, ouviu Carlos Domingos Gomes, CADOGO Pai a considera-lo de uma pessoa indicada para enfrentar os momentos que a Guiné-Bissau vive. Um gestor rigoroso, mas sobretudo dirigente competente comprometido com os valores da Nação.

Antes foi Abel da Silva, Director da candidatura a fundamentar perante todos os presentes, os motivos que levaram o Grupo de Reflexão constituído por 7 quadros do partido a apostar em Dr. Abubacar Demba Dahaba como candidato ao cargo de Secretário Nacional. “Analisamos o perfil de todos aqueles que manifestaram intenções de concorrer e chegámos a conclusão que, para atingirmos as metas traçadas, o Grupo e posteriormente o partido, devem apostar no DR. Abubacar Demba Dahaba.

 

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013


O candidato ao cargo de Secretário Nacional do PAIGC, Dr. Abubacar Demba Dahaba, vai lançar oficialmente a sua candidatura no próximo dia 25 de Novembro (Segunda-feira) em Bissau. O candidato de unidade e Coesão interna no PAIGC, vai nesse mesmo dia apresentar o seu Manifesto de salvação ao partido e ao país, resumido num maior compromisso com o PAIGC e a Guiné-Bissau.

No mesmo documento, Dr. Abubacar Demba Dahaba apresenta o diagnóstico que fez sobre as persistentes crises no partido e chega a conclusão que só a separação de poderes pode ajudar a ultrapassa a situação. Dahaba continua a defender a descentralização dos poderes e alerta que, quando os estatutos dão todos os poderes a um único dirigente, dificilmente se pode livrar da ditadura ou culto de personalidade.

O candidato da Unidade e coesão interna defende ainda a cultura de prestação de contas e avisa que, aqueles que pensam o contrário, têm outras intensões.

Na região de Quinará no Domingo passado (17), Dahaba assumiu perante os guineenses o desafio de ajudar a Guiné-Bissau a sair da cíclicas crises, mas alertou que o primeiro passo tem de ser dado no PAIGC. “Enquanto não organizarmos o PAIGC; enquanto não criarmos condições de sossego no partido, este PAIGC nunca atingirá em pleno os seus objectivos. E os objectivos do PAIGC, é cumprir a sua obrigação de ajudar na tranquilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau”, disse.

Assim, todos os guineenses, em particular, militantes e simpatizantes do PAIGC  estão convidados a juntar-se no projecto de Homem de Estado e combatente do desenvolvimento, Dr. Abubabacr Demba Dahaba.

Mais informações no blog www.dembadahabakunomisti.blogspot.com.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013




Abubacar Demba Dahaba, anunciou dia 17 de Novembro, em Buba (Quinará) de que é candidato ao cargo de Secretário Nacional do Partido. Candidato de Unidade e Coesão Interna, Demba Dahaba, constitui o único entre os candidatos que tem insistido na revisão dos Estatutos para claramente se definir a separação de poderes entre o Presidente e o Secretário Nacional. Em Buba, o líder do Projecto G7 reafirmou a sua determinação de ser um dirigente que vai prestar as contas ao partido e ao país, mas advertiu que tal passa necessariamente pela separação de poderes. Caso contrário, se persistir essa situação de centralização, de igual modo, o PAIGC continuará na desorganização, mas sobretudo com homens poderosos como tem sido até aqui.

Na presença dos seus apoiantes e populares das regiões de Quinará e Tombali, Demba Dahaba reafirmou ser defensor da separação dos poderes no PAIGC (Presidente do partido e um Secretário Nacional), porque assim se pode “prestar contas ao partido e ao parlamento, quando se trata de assuntos da governação. Dahaba defende a revisão inevitável dos Estatutos neste Congresso, porque os actuais, são deficientes e provocam conflitos antagónicos. “Não podemos dizer que temos diferentes órgãos. Esses órgãos acabam por não fazer nada, porque são presididos pela mesma pessoa”, referiu.

A cidade de Buba recebeu o anunciado candidato ao cargo de Secretário Nacional Dahaba num ambiente de festa total. Pouco sol, os chuviscos que faziam sentir em Buba foram para alguns considerado de bênção de um salvador do partido, militantes, combatentes de liberdade da pátria e dos guineenses em geral. Ao som de instrumentos tradicionais, tambores e animações dos músicos modernos, Demba Dahaba foi logo interceptado pelos jornalistas e disse logo, que a sua candidatura visa apenas salvar o partido. No palco montado para animação, se podia ouvir entre outros “Daba firma pabia combatentes precisa di bó”; “Dahaba organizanu partido pa nó pudi tchiga eleições más forte”.

Com mensagens fortes, outros preferem salientar o facto de um dirigente do partido, funcionário internacional, aceitar entrar nesse desafio. “É sinal de que Dahaba nunca virou costas ao partido”, comentou.

Nos discursos, Pedro Djatá, secretário do Partido disse na sua intervenção que, a Região ficou grato à Abubacar Demba Dahaba, porque várias razões: a primeira, é que não sendo natural da região, decidiu eleger Quinará como seu bastião político. A segunda, os apoios e reabilitação a estruturas do partido. Perante tudo isso, pediu aos delegados do VIII Congresso para votarem em Dahaba, tal como fizeram com o falecido Issuf Sanhá, que trocou Bafatá por Quinará e depois foi eleito deputado. “Dahaba depois dessa ligação com a nossa região, fez coisas importantes para o partido. É prova de que vai fazer. Mas o mais importante, é apostarmos nele para que nos reorganize o partido”. Na parte final da sua curta intervenção, fez referência a eficácia do voto. Pediu ao candidato para que fique tranquilo, porque a região de Quinará normalmente surpreende em termos de voto.

 

“Estou cá, porque sou defensor da separação dos poderes”, Alamara Nhassé

Das várias personalidades presentes no acto, uma das atracções foi sem dúvidas, Alamara N’Tchia Nhassé. Ele que parecia estar ao lado dos veteranos, disse ter marcado presença em Buba e para “dar força a Dahaba”, porque é defensor da separação dos poderes. “A minha presença aqui, não é casual. Estou cá, porque sou defensor da separação dos poderes no país e no PAIGC em particular. O PAIGC precisa de ter pessoas nas estruturas capazes de prestar contas aos seus dirigentes e militantes. E por sermos defensores da separação dos poderes, achamos que alguns órgãos devem ser eleitos de forma secreta”, considerou.

A título de exemplo da importância da separação de poderes e da prestação de contas, Alamara Nhassé assegurou que hoje, ninguém no PAIGC sabe como é que as contas do partido foram geridos nos últimos anos. “Por isso, digo aos meus colegas que, aqueles que estão a opor-se a separação dos poderes têm outras intensões. Se não tiverem, iriam aceitar. Por isso, apelo aos delegados ao Congresso, para que não hesitem em apostar neste projecto de separação de poderes liderado por alguém que já deu provas de competência e honestidade”, elogiou.

As intervenções não foram tantas e muitos estavam com muita ansiedade de ouvir a mensagem de Dahaba. Ao lado da esposa, Dahaba começou por justificar a decisão de avançar para o desafio e resumiu tudo na necessidade de ajudar o partido e participar na construção do país. Demba Dahaba fez um historial como partido libertador, as etapas percorridas no desenvolvimento e em resumo disse que, mesmo não atingindo plenamente os objectivos traçados, reconhece que algo foi feito. Contudo, acha que o partido continua a ter dificuldades, porque os seus dirigentes têm desviado de certos princípios. “O PAIGC foi conduzido para a luta, através do seu fundador. Hoje, se Cabral estivesse vivo e olhar para o nosso nível de desenvolvimento, certamente que diria não valia a pena ir a luta. Porquê? Porque a luta era para ser independente e desenvolvido. Hoje isso não é realidade, porque os princípios que nos levaram a luta estão a ser desviados. Desviados por alguns cidadãos, mas sobretudo por nós do PAIGC. Daí, a pertinência da minha candidatura para mudar o rumo de acontecimentos no PAIGC e para o país em geral”, justificou.

Olhando pelo passado, ele que é fruto do PAIGC, diz reconhecer as obras realizadas, até porque os combatentes, para além de respeito, devem servir de fonte de inspiração para o progresso.

 

“Do que é que o PAIGC e o país precisam?”

Sossego e paz. Esta foi a curta resposta que Abubacar Demba Dahaba apresentou para fazer face aos problemas do PAIGC e da Guiné-Bissau. Segundo ele, a paz e tranquilidade de que necessita na Guiné-Bissau dependem fundamentalmente do sucesso e tranquilidade no PAIGC. “O PAIGC precisa de tranquilidade. Mas a tranquilidade, o bem que pretendemos para o nosso partido, tem de ser objecto de reflexão. Que PAIGC queremos? Nós, neste projecto, já reflectimos e chegamos a conclusão que precisamos de um PAIGC unido, democrático, tranquilo, com poderes separados. Um partido que deve ter estatutos capazes de evitar-lhe os problemas. Os problemas do PAIGC estão ligados aos Estatutos. São bastante centralizados. E o que pode mudar, é quando descentralizarmos. Estes estatutos precisam de ser mudados. E aqui, pedimos a todos os militantes que nos apoiem para fazermos a mudança necessária”, defendeu.

Sem indirectas, Abubacar Demba Dahaba não quer culpabilizar ninguém do Estado que histo chegou no PAIGC. “Não vou dizer que aqueles que dirigiram o partido é que usurparam tudo não. Digo que foram os nossos estatutos é que deram poderes a todos eles. E quando o homem tem todos os poderes, certamente que pode vir a ser levado por aquele caminho inadequado. É exactamente isso que aconteceu ao PAIGC. Os Estatutos deram todos os poderes a única pessoa e aconteceu aquilo que todos condenaram depois. Por isso, o nosso Projecto de candidatura quer mudar tudo isso. Mas a mudança passa pela revisão de Estatutos que vão definir claramente a missão do Presidente e do Secretário nacional”.

Convicto de que a centralização demasiada dos poderes é responsável pelos problemas antagónicos no PAIGC, Demba Dahaba compreendeu igualmente que os problemas aparecem no partido, porque a distribuição do colectivo não tem sido justa. “A distribuição de tudo aquilo que é colectivo, deve ser de forma justa. E isso não tem acontecido. E quando há injustiça, os problemas aparecem. A distribuição dos poderes no PAIGC não é justa. Mas há quem tenta dizer o contrário. Mostra que o PAIGC tem Comité Central; tem Bureau Político; tem Comissão Permanente; tem Conselho Nacional de Jurisdição e demais outros órgãos. Mas infelizmente essas mesmas pessoas esquecem-se de dizer que todos estes órgãos são presididos pela mesma pessoa que é o presidente. É aqui que está a injustiça e a falta de eficiência no funcionamento do partido”.

Problema identificado, a hora de meter mãos a obra. O anunciado candidato não fartou de alertar aos dirigentes e simpatizantes do PAIGC que o partido não pode ter sossego “se esta situação prevalecer”.

Para além da eficácia e eficiência que se pretende para o PAIGC com a separação dos poderes, o outro objectivo é a prestação de contas. Aos dirigentes, militantes e simpatizantes do PAIGC, Abubacar Demba Dahaba defende um Primeiro-ministro a ser escolhido pelo Comité Central, mas que depois vai prestar contas ao partido e ANP. “As pessoas não querem prestação de contas, não querem que lhes seja feita nada de controlo. Isso estranha-nos bastante. Quem não quer ser rico, de facto, não pode temer o controlo. Infelizmente ouvimos alguns dos nossos colegas a defenderem o contrário, porque querem ser o todo poderoso.

Posted on 09:00 by Militante do PAIGC

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013


O Prof. Dr. Abubacar Demba Dahaba vai anunciar no próximo Domingo, 17 de Novembro, na cidade de Buba (Região de Quinará), a sua decisão de candidatar-se a liderança do PAIGC, no VIIIº Congresso do Partido que vai ter lugar na cidade de Cacheu numa data a indicar. Candidato de Unidade e Coesão Interna no partido, Demba Dahaba só decidiu avançar para a candidatura depois de ter sido eleito Delegado ao VIIIº Congresso e membro do Conselho Regional do PAIGC na Região de Quinará. Militante de longa data no partido, e que sempre trabalho nas bases do PAIGC, Demba Dahaba decidiu que vai dedicar-se inteiramente ao PAIGC, aceitando o pedido veteranos, combatentes, quadros, jovens e militantes do partido, com único objectivo de salvar o PAIGC da crise de liderança e de contribuir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Apoiado por um Grupo Reflexão constituído pelos quadros Partido denominado (G7) e que reflectiu o partido durante quatro anos, Abubacar Demba Dahaba é defensor da separação dos poderes e da prestação de contas tanto no partido como na governação. Quando no último Comité Central do PAIGC optou por um Presidente e um Secretário Nacional para a liderança do partido, Dr. Dahaba qualificou a decisão como sendo um passo para a estruturação, mas também para “o reforço da democracia interna, unidade, e sobretudo para defesa dos valores da transparência”.

Ainda na próxima, Dr. Abubacar Demba Dahaba vai oficialmente proceder o lançamento da candidatura em Bissau.

Posted on 05:47 by Militante do PAIGC

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Nos dias que correm quem acompanha a actualidade política, sobretudo questões ligadas aos PAIGC, ouviu diferentes projectos de candidatura a falar das conferências sectoriais. Numa clara violação dos estatutos, as outras candidaturas anunciam publicamente supostas vitórias, só porque, alguns dos seus declarados ou intencionados apoiantes chegaram a Comissão Política. Isso, até pode ser uma verdade, mas não prova de que ganharam essas bases, visto que os restantes militantes podem optar por outros projectos. E mais, ser eleito para uma Comissão Política não é sinal de que tem controlo de toda a base, sector ou região. dada a gravidade dessa situação aliado ao facto da Direcção do Partido não ter assumido nenhuma responsabilidade contra esta atitude, para repor a verdade dos factos, o Grupo de Reflexão G7 que apoia a candidatura do Dr. Abubacar demba Dahaba a liderança do PAIGC no cargo de Secretário Nacional, vai finalmente tornar público os resultados das conferências sectoriais. Apesar de ser uma atitude anti-estatutária, os responsáveis do Grupo acham que esta é das poucas formas restantes para desmascarar as mentiras que estão a ser inventadas publicamente pelos restantes candidatos. Na conferência de imprensa que vai ter lugar numa data a indicar, o Projecto não vai citar nomes, mas sim tornar público elementos que provam que "são mentiras" os dados que apresentam são falsos.

Posted on 01:31 by Militante do PAIGC

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Abubacar Demba Dahaba candidato de Consenso ao cargo de Secretário Nacional do PAIGC, está a ser um dos mais bem colocados para ganhar o próximo Congresso. Todas as discussões no partido giram a volta das suas propostas. O candidato não fala ainda na vitória, mas o que quer é um Congresso que permita o partido reorganizar-se e assumir as suas responsabilidades perante o povo.
ele que desde primeira hora defendeu a separação dos poderes, acha ter chegado a hora dos militantes do PAIGC decidirem, para o bem da Guiné-Bissau. "Continuo a insistir que o PAIGC tem responsabilidades neste país. E a nossa responsabilidade vai começar a ser demonstrada, quando todos nós consciencializarmos que o partido precisa de uma reorganização. E isso passa necessariamente pela fixação de uma data ideal", disse.
Determinado em unir os militantes e fazer o PAIGC voltar ao poder, Demba Dahaba que sempre recusou tratar questões ligadas a vitória ou divergências entre os candidatos, acha que tudo isso tem de acontecer no Congresso. "Não estamos no momento de tudo ou nada. Estamos em mais um desafio do partido, onde cada um quer dar o máximo de si para o partido e para a Guiné-Bissau. É este o meu espírito e quero que cada militante ou candidato nutra o mesmo. No dia em que todos nós pensarmos assim, os problemas serão ultrapassados".
Apesar de ser este o espírito, Dahaba acha que tem o melhor projecto, mas cabe aos militantes e congressistas avaliar. "Nunca falamos na vitória. Eu nunca falei na vitória, porque sou militante do PAIGC e do que o partido precisa são as nossas ideias. Aquilo que propomos ao Comité Central e que foi aceite foram ideias para o nosso bem. Estamos a propor as mesmas ideias na conferências e faremos o mesmo no Congresso. Se no final, as pessoas acharem que nós de facto é que estamos bem posicionados para vencer o Congresso, agradeceríamos", rematou o líder do projecto 'Demba Dahaba ku nó misti na PAIGC.

Posted on 05:46 by Militante do PAIGC

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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O Grupo de Reflexão (G7) constituído por militantes que apoiam a intenção de candidatura de Abubacar Demba Dahaba, para o cargo de Secretário Nacional promoveu uma conferência de imprensa dia 18 de Outubro para posicionar sobre a actual situação vigente na preparação do VIII Congresso do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde. O acto serviu para Abel da Silva, um dos elementos do Grupo de Reflexão chamar atenção a direcção do Partido sobre aquilo que considerou de manobras dilatórias para adiar a reunião magna do partido. Segundo ele, os pretensos candidatos devem respeitar o compromisso assumido durante a reunião do Comité Central, que deliberou a divulgação do Projecto de Estatutos que prevê a separação de poderes no seio do partido. De igual modo acusou os restantes pretensos candidatos de estarem a opor o modelo adoptado no Comité Central, porque querem ser superpoderosos.

A reacção do G7 que apoia a candidatura de Abubacar Demba Dahaba surgiu dias depois do Conselho de Verificação e de Jurisdição do Partido ter suspendido as assembleias sectoriais em algumas zonas do país devido as impugnações, mas principalmente o facto de certas candidaturas, terem manifestado vitoriosos nas conferências sectoriais.

O assunto acabou por ser tema de começada da conversa com os Jornalistas, e Abel da Silva considerou aquele procedimento de inédito, mas demonstrativo de insuficiência estratégica dos seus futuros adversários. “É Verdade que neste momento estamos a preparar a realização do Congresso através da realização das conferências de base, secções e sectoriais. Estão a serem mal realizadas. Estamos a assistir comportamentos por parte das pessoas que alegam quererem liderar o partido, totalmente antagónicos a forma de funcionar do PAIGC. O nosso desejo é ter um PAIGC unido e forte para vencer as eleições”, afirmou.

Nas suas declarações, Abel da Silva foi peremptório a afirmar que, a forma como alguns pretensos candidatos estão a comportar, está a empurrar o partido para um perigo. “Não estamos aqui para condenar ninguém. O que queremos é advertir as pessoas para assumirmos um rumo certo. E rumo certo é proceder com normas que ajudam o partido e não assumir comportamentos que acabam por prejudicar-nos a todos”, alertou.

Os comportamentos inadequados, segundo ele, são aliciamentos verificados em algumas conferências, tanto nas bases, secções e sectores. “Mas o mais grave de tudo isso, é a publicação de resultados a favor de alguns projectos políticos que visam concorrer no congresso. Estão estranhamente a comportar como se estivéssemos nas legislativas ou nas autarquias! Uns dizem que conquistaram 32 Comissões Políticas, outros 25. Mas afinal, quantos sectores temos no país”, questionou. Ele que fez questão de responder a sua pergunta afirmando que existem apenas 44 sectores, não hesitou em afirmar que os seus opositores estão a desinformar e a enganar os militantes. “Desinformação começa nos números que avançar. E nas suas contas, em vez de 44, temos 57 sectores. Isso é falso”, qualificou, aconselhando os elementos de outros projectos a deixarem de falsificar os dados. “É bom que as pessoas digam verdade aos militantes. Temos que ser realistas com cenários existentes. Quem engana os militantes, vai sem dúvidas enganar o povo amanhã”, insistiu.

Conforme os membros do projecto G7, está em curso uma campanha publicista jamais vista no PAIGC. “Se na verdade são verdadeiros militantes, é bom que pautem pelo sistema interno do partido. Divulgação dos resultados, é sinal de que, as zonas que eles consideraram como não apoiantes serão excluídas depois por aquele projecto de candidatura. E isso é mau para o PAIGC”.

Da Silva aproveitou para esclarecer a aqueles que assumiram a essas atitudes que, não estão a ajudar, sobretudo naquilo que é colectivo. “As comissões políticas não são dos candidatos. São do PAIGC. E PAIGC não é de ninguém. É um projecto dos seus militantes. E quando e quando se faz conotação dos resultados com pessoas, é porque estamos perante um perigo. Mas, o mais grave é que os resultados são falsos. Porque existem outros projectos. Existe o G7 e a Plataforma. Querem dizer que estes são zero? Não conquistaram nada?”, perguntou, repetindo o apelo de todos deixarem de dar dados falsos aos militantes e ao povo.

Numa outra denúncia, Abel da Silva revelou terem informações de que existem pessoas a fomentar o tribalismo nessas candidaturas. “Isso é extremamente perigoso. Porquê é que vamos fomentar candidaturas nas bases, secções e sectores com argumentos tribais. Queremos chamar atenção aos nossos dirigentes que estão a fazer ou a patrocinar este trabalho de desinformação para não rebentarem com o PAIGC”.

O primeiro mal que estas atitudes causou ao partido na visão de Abel da Silva, são as impugnações que deram entrada no Conselho Nacional de Jurisdição. Nas suas explicações, o problema aconteceu exactamente através dos métodos de votos. Braços levantados. Na opinião de Abel, quem aliciou os militantes vai exigir braços levantados para ter a certeza se quem tomou o dinheiro votou. “O que queremos que a direcção do partido faça é colocar urnas lá onde devem estar. Isso é que queremos”, sublinhou, porque é a única forma de fazer um trabalho transparente e evitar a contradição entre os militantes.

 

“O Comité Central aprovou a descentralização de poderes. Porque razão resistir”

No que diz respeito ao último Comité Central e as decisões nele saídas, Abel da Silva começou por esclarecer que, estava-se perante o artigo 106, nº 2 que diz que em todos os Congressos ordinários os Estatutos devem ser revistos. “No Bureau Político e no Comité Central, todos os militantes do PAIGC que nele participaram sentiram uma tendência para a revisão dos Estatutos e para a Separação de poderes. E como se isso não bastasse, a Direcção do partido decidiu chamar os pretensos candidatos (não são candidatos, porque ainda não obedeceram o artº 36, nº 1. Isto é serem legitimados pelo CNJ do partido. É ele que analisa, perfil e critérios) para um encontro onde assinaram um compromisso. Qual é o compromisso? Todos aceitaram que os Estatutos devem ser revistos. Todos aceitaram que devemos separar os poderes na lógica de descentralização e desconcentração numa só figura. Todos aqueles que pretendem candidatar assinaram. Só que depois de saírem da sala consideraram que aquela assinatura não presta. É uma atitude intolerável, porque se ganharem depois, não vão respeitar os compromissos”, condenou Abel da Silva.

No entender de Abel da Silva, certos pretensos candidatos estão com o problema de coerência, dignidade e responsabilidade. “Isto nos preocupa bastante e leva-nos a alertar aos nossos camaradas para estarem com muita atenção sobre a forma como as pessoas estão a proceder. Quem quer a liderança, tem de ser uma pessoa com muita idoneidade. O que está a acontecer é triste, porque certas pessoas, certos pretensos candidatos assinaram um documento e não querem respeitá-lo”, denunciou.

"Se não adotarmos bons Estatutos, não restam dúvidas que certas pessoas vão pretender ser donos do PAIGC"
Da Silva não concordou com as vozes que alegam que o problema do PAIGC não está nos Estatutos. Advertiu que, quando os Estatutos dão todos os poderes a uma pessoa, porque mais que não queira, acaba por concentrar tudo. “Todos nós já ouvimos da boca dos juristas que, más leis facilitam conflitos. E se continuarmos com os Estatutos tal como estão, não restam dúvidas que teremos problemas. Nos estatutos actuais, o presidente preside todos os órgãos, Comité Central, Bureau Político e demais outros. Até no Conselho de Jurisdição tem poderes. O secretariado Nacional é presidido pelo Presidente do Partido e o secretário não passa de um menino de mandado. As suas ideias não são tidas em nada. Digam-me uma coisa: nestas condições, quem pode resistir?”, indagou.

Conforme ele, na descentralização dos poderes que se quer para o PAIGC, o presidente deve ficar apenas nos órgãos onde se deve prestar as contas. O Bureau Político e o Comité Central. “E nesta óptica, o Secretário Nacional seria máquina do partido, e presta contas aos órgãos que estávamos a referir. Se o PAIGC ganhar as eleições, ele também pode concorrer ao cargo de Primeiro-ministro e posteriormente prestar as contas. Isso é que defendemos no G7. Mas hoje, não compreendemos, do quê é que as pessoas têm medo. Desafiamos hoje a todos aqueles que querem ser Primeiro-ministro apoiado pelo PAIGC que aceitem ir as funções de Secretário Nacional para depois poderem prestar contas”, exclamou, Abel da Silva.

O porta-voz do Grupo 7, numa clara indirecta aos restantes pretensos candidatos disse que se na verdade não dispõem de segundas intenções ou servir-se do partido, não devem temer nada. “Sabemos claramente do quê é que as pessoas temem: Prestação de contas. Alguns dos pretensos candidatos estão a opor-se a separação de poderes, porque querem ser todo-poderoso no partido”, acusou, acrescentando que alguns deles querem ser donos do PAIGC. “Não permitamos nunca mais que alguém seja dono do PAIGC. Mas para que o PAIGC não tenha dono, nós devemos criar estrutura para tal”, aconselhou Abel da Silva.

Posted on 06:44 by Militante do PAIGC

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013


A Directoria da candidatura do Dr. Abubacar Demba Dahaba está preocupada com os relatos de polémica nas conferências sectoriais para o congresso de Cacheu marcado para Novembro próximo. Informações chegadas a Directoria, através de alguns supervisores denunciam que, existem candidaturas que opõem-se ao debate entre os militantes de Base do modelo de Estatutos aprovados pelo Comité Central. Para a Directoria, a atitude é lamentável, porque, o modelo aprovado, foi resultado de um Compromisso assumido por todos os candidatos. Para todos os militantes e eleitores tirarem ilações, aqui vai a cópia do documento.

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Candidato ao cargo de Secretário Nacional do PAIGC e líder do Projecto Unidade Interna disse na abertura das Conferências de Base que o VIIIº Congresso do PAIGC é uma oportunidade para o partido reorganizar, unir os seus militantes e partir para grandes vitórias eleitorais de forma a tirar a Guiné-Bissau das dificuldades em que se encontra.

Em declarações ao www.dembadahabakunomisti.blogspot.com, Abubacar Demba Dahaba defendeu que no PAIGC é chegada a hora dos militantes reflectir sobre as crises internas que o partido tem vivido e criar condições para que haja estabilidade partidária e consequentemente para o país.

No entanto, o candidato entende que essa união de que o PAIGC precisa, só será possível quando os militantes escolherem para a liderança, figuras competentes e sem qualquer compromisso. Demba Dahaba encorajou aos militantes do PAIGC a participarem massivamente nas assembleias de base, fazendo propostas a estatutos em debate.

Demba Dahaba, cuja proposta apresentada no Comité Central para alteração de Estatutos foi objecto de consenso entre os membros daquele órgão, recusou gabar-se de alguma vitória neste sentido. Abubacar Demba Dahaba assegurou que o seu Projecto insistiu no Modelo de Estatutos neste momento em debate nas bases, porque é único capaz de descentralizar os poderes de liderança e permitir prestação de contas durante o exercício tanto partidário como governamental.

Em relação a outras candidaturas que defenderam outros modelos e, por sinal, saíram derrotados do Comité Central, mesmo sem querer entrar em provocações, Abubacar Demba Dahaba acha que cada um deve tirar ilações da sua posição. Porquê? Porque se defenderam um Modelo que não foi aceite, isso significa que não têm estruturas montadas para o actual contexto partidário. Dahaba disse acreditar que os militantes do PAIGC já estão suficientemente maduros para saber quem é neste momento militante ou dirigente capaz de conduzir o partido e consequentemente a governação.

Em relação a sua candidatura, Demba Dahaba garantiu que no dia 18 de Outubro vai fazer anúncio oficial em Buba (região de Quinará) onde foi eleito delegado para o Congresso. O lançamento oficial vai ter lugar em Bissau no Hotel Azalay no dia 24 de Outubro.

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013


 

O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde, vai realizar o seu VIIIº Congresso Ordinário de 7 a 10 de Novembro. Antes do Congresso, foram várias as propostas feitas para a revisão dos Estatutos. A primeira proposta apresentada veio dos veteranos através da Plataforma para Unidade e Coesão Interna e que defendia um presidente apenas para o PAIGC e que esteja fora de qualquer estrutura ligada a governação. A segunda foi apresentada por alguns candidatos, que consistia em manter os actuais Estatutos. Isto é ter igualmente um presidente que consequentemente é candidato ao cargo de Primeiro-ministro. A terceira proposta, foi apresentada por Abubacar Demba Dahaba, inspirado na Reflexão do Grupo dos 7 chamado G7. Uma proposta que consiste em dotar o PAIGC de duas figuras na liderança. Um Presidente do partido e um Secretário Nacional. O secretário Nacional é candidato do Partido à Primeiro-ministro. O objectivo dessa proposta era desconcentrar os poderes e permitir que os elementos da direcção prestem contas ao partido.

Durante os 11 dias em que decorreram o Comité Central, os dirigentes do PAIGC acabaram por recomendar através de uma resolução, que a proposta que permite um secretário Nacional e o presidente seja levado à conferências de base. Isto é, este será o documento em que vai sair a nova liderança do partido.

Apesar de ser uma proposta feita pelo seu Grupo, Abubacar Demba Dahaba não quer que seja considerado o vencedor do Comité Central. “Não. Acho que quem vai ganhar é o PAIGC. No nosso Projecto pensamos e continuamos a pensar que só a descentralização pode dar tranquilidade e democracia necessárias ao PAIGC. Felizmente, a maioria dos membros do Comité Central entendeu a mensagem e estamos de facto felizes por termos apresentado uma proposta aceite”, reconheceu.

Abubacar Demba Dahaba disse acreditar que o seu Projecto vai ganhar o próximo Congresso e será ele o Secretário Nacional do PAIGC para os próximos quatro anos. Se os militantes aceitaram o nosso modelo, é porque acreditam que é o melhor. Agora, o que acho que faltou é confiar-nos o poder para implementarmos este modelo”, disse o candidato.

Dahaba continua a defender que, o PAIGC só vai reencontrar quando os militantes elegerem para a sua liderança pessoas capazes. “O nosso passado disse aquilo que somos capazes de fazer. E estamos dispostos para servir o PAIGC e o país. Agora, o que para nós é importante, é a capacidade dos militantes em fazer opção. São de facto tantos os candidatos. Mas quem são os melhores. Quem pode unir; quem pode reconciliar? Qual é o passado de cada um? Isso que para nós, deve ser fundamental no futuro”, prosseguiu.
Abubacar Demba Dahaba vai anunciar a sua candidatura ao cargo de secretário Nacional do PAIGC no dia 18 de Outubro corrente na cidade de Buba, e já no dia 21, em Bissau apresentará como candidato, numa cerimónia que vai decorrer no Azalay Hotel.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) está em reunião do Bureau Político (BP). É nessa reunião que vão ser encaminhadas os documentos para o Comité Central. Este órgão máximo deliberativo do partido no intervalo de dois Congresso vai juntar os documentos que serão entregues a comissão nacional preparatória para assembleias de bases, sectoriais e consequentemente seleccionar as propostas para o VIIIº Congresso a ter lugar em Cacheu numa data a indicar.

Dentre várias propostas na agenda, uma delas, é aquela do Projecto liderado, por Dr. Abubacar Demba Dahaba. Considerado neste momento uma das propostas mais democráticas, através do modelo de liderança que propõe, o Projecto Demba Dahaba vai convencer os mais de 350 delegados a indicarem Secretário-geral e presidente, como a opção para discutir nas bases.

Tendo em conta a existência de mais dois modelos para optar e com apoios de peso, os apoiantes de Demba Dahaba defendem que “é muito importante” os militantes do partido reflectirem”, porque o futuro do PAIGC é que está em causa.

Num comentário a este modelo (secretário-geral e presidente), Abubacar Demba Dahaba não tem dúvidas que, se os militantes do PAIGC pretenderem ter um partido com maior organização devem escolher o seu Projecto.
Importa informar que, as reuniões do Bureau Político do PAIGC terminam na noite do dia 30 e na manhã do dia 31 deve iniciar o Comité central. Depois da reunião do CC, a comissão Nacional Preparatória vai levar as propostas aprovadas para o debate nas bases. Só no final destes trabalhos é que se vai marcar a data do Congresso.

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sábado, 27 de julho de 2013

Abubacar Demba Dahaba, economista e antigo quadro do BCEAO, é candidato a liderança do PAIGC no próximo Congresso do Partido. A decisão de se candidatar a liderança do maior partido político nacional foi tomada há muito, mas só agora, o ex-ministro das Finanças decidiu aparecer nos médias. E logo com uma justificação. Primeiro disse que decidiu ingressar na política activa, porque terminou a sua carreira como quadro internacional do BCEAO e a experiencia de gestão acumulada quer colocá-la ao serviço do Partido e do país. Numa entrevista exclusiva ao UH, Abubacar Demba Dahaba falou dos motivos que estão na sua decisão de concorrer para o cargo de Secretário-geral e sem rodeios afirmou que os actuais Estatutos do partido são responsáveis pela crise que o partido tem vivido ao longo destes anos. O referido Estatutos centralizaram todos os poderes num só órgão estatutário. A natureza deste Estatutos assemelha dum regime totalitário que facilmente cria culto de personalidade. Como solução define a descentralização dos poderes como a única saída para as persistentes crises no PAIGC. E a descentralização, na sua opinião passa pela reintrodução do cargo de Secretário-geral com poderes executivo. “Não é nenhuma novidade. Foi o modelo que o partido tinha e que funcionou”, disse. Em relação pretensões da Plataforma de Entendimento, Dahaba acha que as mesmas carecem ainda de clarificações em vários aspectos que precisam de clarificação. Por isso, os mentores do seu Projecto e seus apoiantes aceitaram negociar com os veteranos. “É prematuro pronunciar sobre o assunto”, disse.


Última Hora (UH) – Existem informações que dão conta que, o Dr. Decidiu fazer política activa, concorrendo para o cargo de secretário-geral no próximo congresso do PAIGC. Confirmas a informação?
Abubacar Demba Dahaba (ADD) – Confirmo a informação. O nosso Projecto de candidatura vigora há mais de um ano. Nos últimos sete meses, desde que foi anunciada a organização do Congresso no PAIGC, temos trabalhado no terreno. Reafirmo que, como militante estou disponível para servir os interesses do partido e do país.

UH – O que é que leva um quadro do BCEAO, com sucesso reconhecido, como é o seu caso a fazer política num país tão instável como a Guiné-Bissau?
ADD – Porque acredito que a Guiné-Bissau e viável. Estou disponível a partir de agora para a política activa. Antes, como quadro internacional no BCEAO em activo, estava vedado para fazer política. A minha carreira no banco chegou ao fim e decidi dedicar o resto de tempo para fazer política. O objectivo dessa decisão é dar a mesma contribuição que dei ao BCEAO para o país. No quadro da minha profissão, a experiência que acumulei precisa de ser dedicada a causa do meu partido em particular e do país em geral.

UH – O que é que lhe dá coragem de fazer política na Guiné-Bissau?
ADD - … risos. O que me dá coragem de fazer política neste país, é que continuo a acreditar ainda que o país é viável. E continuo no PAIGC, porque acredito que o partido reorganizado e renovado pode trazer o desenvolvimento ao país. Se o país é viável, como acredito, acho que pessoas com a experiência que acumulei ao longo de 26 anos, podem ajudar na transformação positiva do partido e do país, pelo menos próximo de aquilo que Amílcar Cabral tinha sonhado. Portanto é esta a minha ambição. Fazer alguma coisa que Amílcar Cabral tinha perspectivado, quando decidiu fundar o PAIGC. Repito mais uma vez que, acredito que, no tempo que me resta, ainda é possível mudar muita coisa para positiva. Primeiro, contribuir para a unidade e estabilidade do partido e a seguir, desenvolvimento do país.

UH – Garantir estabilidade no PAIGC passa pela sua união. O PAIGC (mesmo sendo um partido ganhador), não é unido. Já estudou as causas das divergências internas no PAIGC?
ADD – As divergências de que está a referir no PAIGC, são de longa data. Por aquilo que tenho constatado, as divergências de hoje no PAIGC têm reflexos de anos atrás que devemos referir e mostrar que percebemos algo. Para falar da situação actual e perspectivar o futuro e importante passar em revista o histórico. Assim, no período da Luta Armada, as divergências no PAIGC provocaram o Congresso de Cassacá. E quem é o verdadeiro Combatente da Liberdade da Pátria, sabe o motivo e não vale a pena entrarmos em pormenores. Mas em Cassacá se conseguiu ainda corrigir certas coisas. Ou seja se conseguiu parar apenas as divergências na altura, mas não foram erradicadas. As pessoas continuaram e em 1973, por causa das divergências no PAIGC, mataram Cabral em Conacri. Tudo é reflexo das contribuições antagónicas existentes na altura no partido. Mais uma vez não vou entrar em pormenores, mas todos ouvimos na altura de que apuraram as causas e a luta continuou. E aqui devo sublinhar a grandeza dum responsável como Cabral como grande homem, porque apesar de o terem morto, as estratégias que tinha desenhado para a luta, por serem eficazes e exequíveis, conseguiram a independência. Cabral morreu, mas a sua obra não. O Programa Menor que tinha traçado foi cumprido pelos Combatentes da Liberdade da Pátria. Embora esteja até a data presente a faltar o Programa Maior, que é o desenvolvimento. Mas o que devemos concluir aqui é que Cabral morreu por causa das divergências no PAIGC. Já com a independência e no ano 1980, por causa das divergências no PAIGC, militantes e dirigentes do partido pegaram em armas contra o seu próprio Governo. Estou a falar de 14 de Novembro. Este movimento foi desencadeado pelos dirigentes do PAIGC, por causa das divergências existentes no partido. Portanto, em tudo aquilo que já tinha acontecido ao país, 14 de Novembro foi o maior entrave colocado ao desenvolvimento do país.

Eu alimento sempre uma convicção: por mais que possamos estar divergentes em opiniões e até nas posições, só o diálogo pode ajudar-nos a ultrapassar. Violência não constitui solução para nenhum problema. Alguém pode dizer, mas a luta armada foi violenta. Respondo que fomos obrigados a fazer luta com armas, porque se existisse uma outra solução, acredito que ela seria adoptada. Depois de 14 de Novembro, o país passou a viver de golpes e contragolpes. Na minha opinião, a partir de 14 de Novembro, nós do PAIGC quase que introduzimos na agenda política que existe outra forma de chegar ao poder, é dar golpe de Estado. Foi isso que mostramos as pessoas e acabou por ser copiado. Hoje em dia, quando temos problemas recorremos a arma: Mau ensinamento. Mas o que é que tudo isso tem a ver com união no PAIGC? Tem a ver, porque, nós nesse partido, não estamos habituados a cumprir os estatutos. Quando não cumprimos os instrumentos que nos devem guiar, o resultado não pode ser outro. O golpe de 14 de Novembro deixou-nos nesse caminho e assim sucessivamente. Fomos até Gabú (local onde se realizou o último Congresso do PAIGC) e mais uma vez, o instrumento que aprovamos não foi respeitado. Na minha opinião os Estatutos que aprovamos em Gabú centralizaram demasiadamente o poder num só órgão estatutário e numa única pessoa.
UH – Acha que as últimas divergências no PAIGC têm a ver com os seus estatutos?
ADD – Sim. Porque na minha opinião, as últimas divergências no PAIGC se devem ao facto dos poderes estarem todos centralizados num órgão estatutário. Nós é que elegemos o órgão colocando lá uma pessoa, mas foi um erro adoptar aqueles estatutos. Os instrumentos que aprovamos em Gabú (Estatutos), se assemelham a um instrumento de regime ditatorial que facilmente cria culto de personalidade e leva o titular de um órgão a pensar que é Deus. Os poderes estavam demasiadamente centralizados. Foi mau. Porque o PAIGC no passado criou democracia interna. Os seus órgãos não eram assim. Como é possível de um dia para outro arranjar um instrumento que reprimi a democracia interna que tínhamos! Esta foi a principal razão das últimas contradições. E elas vão continuar, caso não adoptarmos estatutos capazes de descentralizar os poderes. Só a descentralização de poderes pode trazer sossego no PAIGC. E o nosso projecto, para isso é que está a lutar. A descentralização, é um imperativo para o bom funcionamento de uma sociedade. Notem bem que no Estado descentralizamos os poderes, mas no partido tudo está centralizado. Centralizamos até ao ponto de não lembrar que estamos a trabalhar para o bem da sociedade. Vejam só quando o PAIGC ganha eleições. Acomoda-se logo nos gabinetes. Não abre para as autarquias. Mas quem não sabe que, a dinâmica de desenvolvimento de um país se começa nas bases, nos Governos locais. Não e por acaso que as infra-estruturas importantes nas regiões estão progressivamente a desaparecer.
UH – Ficou claro que, para o vosso projecto os actuais estatutos não serve. Acha que têm condições para fazer alterações necessárias nos futuros estatutos? O que é que o vosso projecto pretende alterar de concreto?
ADD – Quando estou a criticar que a centralização demasiada de poderes é má, não posso nunca querer ser dirigente do PAIGC com o mesmo modelo. Defendemos a descentralização. Mas não foram apenas ideias. Fizemos proposta de revisão e que permitirá a descentralização.
UH – O que é que está na vossa proposta?
ADD – Na nossa proposta está uma coisa bem clara: é preciso ter Presidente do Partido e um secretário-geral do mesmo. Não é nenhuma novidade. Faz parte do modelo dos estatutos dinâmicos que todos já conheciam. Aqueles estatutos que os Combatentes conceberam e que funcionaram até há bem pouco tempo. Portanto é este modelo de Estatutos que defendemos. Fomos ainda bem longe. Achamos que é mais interessante, conforme a nossa proposta a condição do presidente do partido ser candidato do mesmo para cargo de presidente da ANP e que o Secretário-geral seja indicado como Primeiro-ministro em caso de vitória. É este modelo de Estatutos que o nosso projecto defende. Na nossa opinião, este modelo de Estatutos é muito mais leve, mais fácil de gerir, mas sobretudo aquele que permite maior descentralização dos poderes. Com este modelo cada um passará a saber onde iniciam e acabam as suas competências como dirigente do partido. Adopção deste modelo, é previamente evitar as indefinições. Por se este modelo for adoptado, qualquer um saberá doravante que, quando o PAIGC vai às eleições, o seu candidato à Primeiro-ministro, é seu Secretário-geral. Muitos já disseram que, se o secretário-geral for para as funções de Primeiro-ministro, também não terá tempo para ocupar do partido. Falso pretexto. Nos Estatutos anteriores, havia um secretário-geral adjunto. E aquilo fez com que o partido funcionasse. Porquê? Porque se prestava contas. Mas não se pode ter num partido, instrumentos iguais as que temos hoje, onde ninguém presta contas a ninguém!

UH – Para além da proposta do projecto que lidera, existe uma outra sustentada pela Plataforma Entendimento e Coesão Interna. Conhece a referida proposta? Qual é a vossa diferença?
ADD – O nosso Projecto não subscreve a proposta que está a ser sustentada pela Plataforma. Pelo menos até este momento em que estamos a falar. Mas estamos a negociar e não queria falar tanto nisso.

UH – Embora não esteja interessado em falar em pessoas, gostaria de saber a sua opinião sobre a aposta em Carlos Correia como presidente do PAIGC?
ADD – Não constitui nenhuma novidade essa intenção de militantes em ver o partido entregue aos mais velhos. Acho que essa era passou. Não é por acaso que Malam Bacai Sanhá esteve no Congresso de Gabú. Todos sabiam que ele nunca seria Primeiro-ministro. Devia estar na presidência do partido para passar testemunha a nova geração. O que me faz pena é pessoas continuarem a pensar dessa mesma forma. Digo pena, porque parto sempre de princípio que cada um de nós tem um período útil na vida. O que sou capaz de fazer é, não é igual com o que farei quando atingir 70 ou 80 anos. No nosso Projecto temos muito respeito e estima aos nossos mais velhos. Mas acho que eles mesmo devem ponderar. O PAIGC está aqui onde está, porque estes que hoje chamamos de veteranos de partido é que o conduziram na altura, enquanto jovens. Eles é que fizeram a gestão do partido até aqui e na situação em que está. O que não conseguiram fazer para o partido enquanto jovens, não será feito agora, onde já estão com uma idade tão avançada. Não será agora que vão alterar tudo para positivo. Passação de testemunha é necessário, mas noutros moldes. Somos da opinião que os veteranos constituiriam para nós, uma biblioteca de orientação para a nova geração na gestão do partido. Deviam ser eles a fazer-nos evitar erros que tiveram no passado, sejam involuntários ou não.
UH - Acha que não é pertinente a candidatura de Carlos Correia? 
ADD – Considero que a candidatura dele deve ser ponderada. O assunto Carlos Correia pode ser tratado doutra forma.

UH – Faltam-me três questões. O PAIGC; o Governo e áreas prioritárias do país. Está a preparar para o Congresso sem garantias de que vai ter lugar. Acredita que o PAIGC vai ao Congresso antes das eleições?
ADD – Neste momento, se o PAIGC quer participar nas próximas eleições, o único caminho que dispõe é fazer o Congresso. Se na verdade queremos respeitar dispositivos legais em vigor no país e se queremos que o PAIGC vá as eleições, obrigatoriamente temos que fazer o Congresso. O congresso tem de ser feito. Se não, o partido, nas presidenciais, por exemplo será obrigado a ir atrás de um independente. Mas se isso acontecer, seria extremamente grave. Até prova em contrário, acredito que vamos ao Congresso antes das eleições.
UH – Quem é que acha que é responsável para organização do Congresso?
ADD – Não vou aqui pessoalizar, mas existem comissões. Existe uma direcção, embora o mandato já esteja expirado. Eles é que devem trabalhar para que haja Congresso. Mesmo se o mandato da direcção terminar como terminou, foram instituídas comissões para organizar o Congresso e estas comissões devem funcionar. Portanto esta direcção caduca é responsável pela organização do Congresso.
UH – Recentemente houve uma remodelação governamental e surpreendentemente, foi afastado. Pediu para sair, foi surpresa ou esperava que podia acontecer a qualquer momento independentemente do trabalho que estava a fazer?
ADD – Não. Mas compreendo que nos lugares somos sempre passíveis de sermos substituídos. Se cheguei ao Governo como ministro das Finanças, é porque quem estava lá saiu. Portanto lugares como aqueles são passageiros. Um sai outro entra. E quando nos substituírem, não devemos levar a mal por isso.

UH – Mas muitos dizem que foi uma saída surpreendente por aquilo que fazia?
ADD – Quem o disse tem os seus fundamentos. Inspirou os seus argumentos certamente no trabalho que fiz. São opiniões das pessoas que reconhecem o trabalho das pessoas e agradeço apenas. Mas para mim não, porque tenho noção do que é ser ministro nesse país. Na minha opinião, neste país, um ministro que de facto quer trabalhar, quer pôr ordem e disciplina como noutros países, não passa de um escravo. Para mim era escravatura, porque os esforços para cumprir tudo aquilo que é necessário para satisfazer minimamente a sobrevivência de administração central do Estado, nos levava a ultrapassar as nossas capacidades físicas. O que me animou como ministro, é que estava lá para pôr ordem. O que Amílcar Cabral nos ensinou e aquilo que os Combatentes nos ensinaram, disciplina e rigor é só isso que tentamos aplicar na prática. Não gosto de funcionar fora de dispositivos legais em vigor. Porque para chegarmos a determinadas funções, existe sempre proposta no quadro dum termo de referência bem definido. Quando assim, temos a consciência clara que é um lugar passageiro qualquer dia vamos sair.

Quando chegamos estruturas como finanças, o que devemos fazer é mobilizar receitas e distribuir o pouco que consegue colectar em nome da sociedade e do país, ao contrário não vale a pena ser ministro das Finanças. Porque para distribuir recursos tão limitados ou que não existem são necessárias muitas ginásticas. Muitos até me perguntavam como conseguia pagar salários. Respondia que não tínhamos nada, mas as boas políticas, a boa organização do Ministério das Finanças para combater atropelos a lei na gestão de escassos recursos. Ou fazer gestão da coisa pública fora de dispositivos legais em vigor, não podiam ser admitidas.

UH – Mas pessoas que não gostam das suas medidas, estão no Governo ou noutras estruturas de decisão?
ADD – Claro. Porque, sempre disse que não eram medidas impopulares. O que fizemos era medidas necessárias. Hoje, estou convicto de que as medidas que tomei no Ministério das Finanças é que podem levar este país para frente. Qualquer ministro que lá chegar, se não tomar as mesmas medidas, este país não vai a lado nenhum. Porque são reformas necessárias e indispensáveis. Quando tomo medidas não invento ou faço a minha maneira. Tento implementar o que aprendi na Faculdade. É isso que faço sem compromissos com ninguém. Não tenho compromissos com ninguém. Aliás, é bom que as pessoas saibam que não recebo no Governo. Quando me chamam para o Governo, é mediante uma requisição no BCEAO. E onde me requisitaram é que se encarrega do meu salário. As requisições que fazem de mim, é sempre nos momentos conturbados. Chamem-me como bombeiro. E na missão de apagar fogo, para salvar o pais. Portanto, como ministro das Finanças, estava lá numa autêntica escravatura, mas sempre correspondia a expectativas das pessoas que propõem o meu nome. Em 1998, por exemplo fui ministro das Finanças. Pagava praticamente dois salários num mês. No Governo de Fadul. Se hoje, fala-se tanto em Fadul, também contribui para o sucesso do seu Governo. É isso que me anima com o trabalho que fiz nas Finanças ao lado de toda equipa que encontrei lá. Sempre apostei em competências. Porque agora, não vou estragar o meu trabalho devido a política. Pensar que sou ministro, quando lá chegar vou correr com todos os quadros. Comigo isso não funciona. Um quadro pode ser rebelde com todos, mas a mim só interessam resultados. Eu nem preocupo em saber dos partidos, porque na transição o que se exige, são resultados. Atenção: se decidirmos politizar o Ministério das Finanças, não restam dúvida que não vai funcionar.

UH – O seu desempenho não foi contestado, mas houve uma questão muito controversa: campanha de castanha de caju e que envolveu o nome do ministro das Finanças?
ADD – A situação da campanha tem a sua explicação. Só alguém imbuído de má-fé vai querer envolver o meu nome. Se repararem bem, antes do surgimento do pagamento de 50 Fcfa; antes do surgimento do FUNPI, o preço por quilograma não era assim tão polémico. A campanha iniciava com certas anomalias, mas depois estabilizava-se em termos do preço. Antes de 50 Fcfa aparecer, o preço não era assim tão polémico. Mas depois de aparecer, o preço começou a ter problemas sobretudo no produtor. Ouvi certas pessoas a dizer que o ministro das Finanças é responsável pela situação vigente na campanha de castanha de caju. Não é verdade. Essas afirmações não correspondem a verdade. Podemos admitir que no primeiro ano do pagamento de 50 Fcfa, as pessoas foram surpreendidas. Dissemos até que definiram regras dentro de do jogo iniciar, quando devia ser antes. Admitimos que as pessoas foram apanhadas de surpresa, porque os operadores não introduziram 50 Fcfa nas suas estruturas de custo. Mas aquilo foi só no primeiro ano. Mas depois, todo aquele que é operador económico que pretende ganhar dinheiro tinha que prever. Porque é óbvio que ninguém decidiria oferecer 50 Fcfa e todos introduziram aquilo nas suas estruturas de custo. Outra coisa: Dizer que os estrangeiros é que pagam, não corresponde a verdade. Em cada nível de cadeia de caju, estes 50 Fcfa são pagos. Dizem que quem paga são os indianos. Os indianos compravam junto dos nossos exportadores, os 50 Fcfa reflectem nos custos que pagará ao exportador. O exportador por sua vez, vai ao intermediário que também calcula os seus 50 Fcfa. Não oferece. O intermediário vai junto ao produtor e reflecte ali os seus 50 Fcfa. São estas ginásticas é que estão a penalizar a campanha. Não é verdade que são os indianos que pagam. A campanha está como está, porque todos foram buscar 50 Fcfa junto do produtor. As pessoas impuseram os produtores a pagarem custos que não deviam. Mas se recordamos o que fizemos no Ministério, posso até dizer que foi um trabalho enorme. Na castanha do ano passado, fomos obrigados a devolver 40 Fcfa, porque não conseguiram exportar. Fizemos a devolução porquê? Porque se a campanha deste ano tivesse apanhado o stock de 2012, seria pior. Foi um consenso no Conselho de ministros e decidimos devolver as pessoas 40 Fcfa. Para este ano, antes da campanha iniciar, recebemos missões de instituições financeiras internacional (BM e FM). Discutimos com o banco Mundial e o FMI. Porquê? Porque o crescimento económico do ano passado foi negativo. Foi       -1,5 por causa da má campanha de castanha de caju. E para não repetirmos os mesmos números tendo em conta que o preço internacional da castanha não está bem, fizemos uma projecção de crescimento económico de 3,5. Podemos atingir este nível se a campanha fosse boa. E eles recomendaram mesmo para este ano suspender o pagamento de 50 Fcfa. Discutimos e como ministro das Finanças, tenho a minha opinião. Foram junto ao Primeiro-ministro e disseram que era necessário suspender pelomenos este ano pagamento de 50 Fcfa, porque senão, a campanha seria péssima. Saíram lá e foram para o Presidente da república dizê-lo a mesma coisa. Suspender 50 Fcfa este ano é uma necessidade para salvar a campanha e retomar no próximo ano, com a justificação de que  o preço internacional da castanha não está bem. Daí, eu na qualidade de ministro das finanças, disse não. Se suspendermos, pode vir a cair no esquecimento e ninguém aceitará pagar no próximo ano. Vamos repetir aquilo que pagaram no ano passado. Eram 10 Fcfa. E foram 10 Fcfa que estipulamos como FUNPI através do despacho conjunto. E foi naquele período é que se comprou mais castanha no país. Tudo estava parado. Isso animou a campanha porque se tratava de medidas certas se na verdade não queremos politizar a castanha. Se essa medida prevalecesse, hoje o camponês não ficava com a sua castanha no mato.
UH – Mas o parlamento obrigou…
ADD – Espere só esclarecermos uma coisa. Se tivessem mantido o preço até a data, ninguém compraria a castanha em menos de 210 Fcfa. Se estas medidas tivessem continuado esta situação seria outra. Era só questão de tempo. Toda a castanha iria sair junto do produtor e hoje o país não teria fome. Não sou talvez, o melhor economista deste país, mas o que aprendemos deixa-nos a vontade para pronunciarmos e recomendar. É verdade que ANP é um órgão soberano. Ninguém tem dúvidas disso. Mas por vezes as medidas que toma e que pensa que servem para ajudar o país, acabam por ser contrárias. Não é a primeira, nem segunda e nem a terceira. Essa medida que ANP tomou, foi uma das principais razões do bloqueio da campanha de castanha de caju. Não devia ser assim. Deviam pelo menos a nível da Comissão Permanente sentar e discutir o assunto com sangue. Quando Governo tomou essa medida não foi de ânimo leve e nem visava beneficiar ninguém. Visava apenas salvar a campanha e o país. Salvar a população. Alguém nos disse uma vez que cada castanha exportada, foi tocada por uma mão. E essa mão precisa de ser tida em conta nas nossas decisões. Queríamos salvar apenas a campanha. Mas se o problema foi até a esse nível e chegar as autoridades máximas do país, o que faltava era apenas a concertação. Não fica bem as instituições do Estado estarem a tomar medidas isoladas ou de musculação. Na economia pior ainda. Na economia 1+1=2. E as medidas que ANP tomou não vão ajudar. Aliás, bloquearam a campanha. Repito mais uma vez que ANP pensa que as medidas que tomam servem para ajudar o país, não. Por vezes são piores. Falo com conhecimento de causa. E recuo para dizer que assistimos aqui neste país ANP a tomar medidas para acabar com imposto de reconstrução nacional. Mas aquela foi má política. Foi uma decisão incorrecta. Foi esta ANP é que baixou taxas para incentivar a importação do arroz. Sabe o que isso significa, matar produção local do arroz. E entramos nesta questão de castanha e certamente vai matá-la também. Deixo um aviso: se misturarmos bastante medidas políticas com medidas económicas, o resultado será bloqueio. Se com decretos e demais outras decisões queremos controlar a economia, vamos criar economias subterrâneas. Quer queiramos ou não, não vai marchar, porque na economia, não há milagres.

UH – Para si na Guiné-Bissau, qual é a área que deve ser priorizada para podermos atingir o desenvolvimento?
ADD – Já o disse em várias ocasiões e repito: Se pretendemos sair dessa situação temos que resolver o problema da energia. É a primeira área. Mesmo se decidirmos dedicar mandato de um Governo só para a resolução do problema energético. Se resolvermos este problema, o desenvolvimento terá caminho para andar. Se não fizermos isso, não vamos a lado nenhum. No segundo ponto, vem a educação. Temos que viver da experiência de outros países. Se tivermos quadros competentes, quadros que aceitarem desafios, vamos mudar as coisas. Dissemos sempre quadro intelectual, mas a intelectualidade não é apenas ler e escrever. É esse entendimento de muitos sobre o que é ser intelectual. Mas noutros países, a camada intelectual, é responsável pelo relançamento do país. Cabral foi intelectual da sua época, mas fez revolução. Mas isso não se limita em escrever e ler. Um intelectual tem que saber conceber, organizar, mas sobretudo orientar as massas a volta a sociedade para que saiba o que deve fazer. É isso que pode trazer desenvolvimento num país. Os Governos sem povo não conseguem reformas, nem económicas e muito menos sociais. Nenhum Governo faz reformas. Quem faz reformas é a sociedade. Todas as reformas concebidas por um Governo, para serem implementadas, a sociedade tem de aceitar. Se não aceitar é só caos que se cria no país. É isso que me leva a dizer que não é o governo. O Governo concebe as reformas e quem aceita é a sociedade. E para que a sociedade aceite, é bom que sejam claras, porque ninguém ficará eternamente nas reformas. As reformas têm custos e os custos recaem nas pessoas. Aceito a reforma, porque no final a minha vida ficará bem. Sem isso, não pense nisso. Portanto são essas áreas para mim são prioritárias para quem quer desenvolver. E na terceira posição, vem as infra-estruturas. Se conseguirmos nessas três áreas, o país terá um largo caminho para o desenvolvimento.

Posted on 07:36 by Militante do PAIGC

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