terça-feira, 26 de novembro de 2013
O Homem de perfil certo para o lugar certo, está a beira de receber o testemunho para mudar o PAIGC. Fazer o partido reencontrar os seus valores, assumir a sua responsabilidade para com o país e guineenses e afirmar-se no concerto das Nações. Dr. Abubacar Demba Dahaba. Dado como certo no cargo de Secretário Nacional, vai sem dúvidas ser indicado como cabeça de lista do partido nas próximas eleições legislativas. futuro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Ontem (25 de Novembro) no dia da apresentação oficial da candidatura, Dr. Abubacar Demba Dahaba, ouviu mais falar da era de renovação. Uma renovação que o partido tem de enfrentar, segundo o próprio candidato. Demba Dahaba alertou aos militantes do PAIGC sobre a necessidade de reorganizarem e apostarem em figuras competentes, porque o país está numa fase crucial.
"O período do Congresso no PAIGC, coincide com o período das eleições. É um momento crucial para fizermos aposta certas no PAIGC e para a Guiné-Bissau", assegurou. Abubacar Demba Dahaba assumiu perante aos militantes, dirigentes e simpatizantes do PAIGC, que é candidato para relançar a dinâmica do partido. "Mas isso não dependerá exclusivamente de mim. Dependerá de todos nós. Devemos tudo fazer para evitar que o partido caia num colapso político", reforçou.
A sua visão para o PAIGC, para além de defesa e aplicação dos valores modernos e democráticos, é restituir ao partido os seus valores. "E o VIIIº Congresso tem de ser um marco importante para esta viragem que todos nós queremos. Cacheu para além de uma oportunidade de renovar os órgãos do partido, deve ser um Cassacá - II. Espaço para recuperar os sagrados princípios do partido. E a recuperação dos princípios do partido passa pela aplicação de outro modelo de liderança. O actual falhou porque facilitou todos os males que até aqui aconteceram".
Falando da liderança, Abubacar Demba Dahaba insistiu que o partido tem de mudar em várias vertentes. E essa mudança, segundo ele deve iniciar em Cacheu. "Decidi entrar neste desafio, porque quero melhorar a democracia no partido e reforçar as estratégias de desenvolvimento", frisou.
Dahaba pediu aos militantes e os congressistas para estarem atentos e não permitirem que o partido seja conquistado por pessoas com interesses não identificados. "O PAIGC não pode permitir no seu seio que haja pessoas cometem continuamente os erros. Porque cada erro cometido é perda de credibilidade", avisou.
Ele que nunca perdeu de vista a união no partido, disse que o seu primeiro grande desafio é promover o encontro da grande família do PAIGC. "E com apoio de todos, vamos conseguir", rematou o homem de esperança que precisou mais de 30 minutos para concluir os cumprimentos. Não foi mesmo possível apreciar a apresentação do Kabaró, Mavongo.
"Conheci Dahaba desde pequeno, lutando sempre para o bem do PAIGC", Manecas, ex-Combatente
No Azalay Hotel, estavam muitos militantes do PAIGC. No uso de palavra apenas quatro pessoas tiveram o privilégio. Abel da Silva na qualidade de coordenador do Projecto de apoio (G - 7); Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai), como amigo e colega de governação no GUN - 1999/2000; Abubacar Demba Dahaba como candidato e Manuel Maria Monteiro dos Santos (Manecas) como ex-combatente.
Carlos Domingos Gomes recordou os episódios de governação, onde na condição de ministro de Finanças, Dr. Abubacar Demba Dahaba deu provas de boa gestão. "Lembro que sempre que algum de nós levasse um documento para ele assinar, fazia avaliações. No fim, se o interesse da nação não estiver em primeiro lugar, ele recusava assinar. mesmo que invocasse o nome do Primeiro-ministro, ele não voltava a atrás. Portanto, temos pela frente, um gestor competente e responsável. Ele está a altura das responsabilidades que poderá a vir assumir no futuro", disse Cadogo Pai.
Com um discurso escutado religiosamente e efusivamente aplaudido, Manecas dos Santos foi factualista ao confessar que, não obstante ser conotado com Plataforma, aproximou de Dahaba, em função das virtudes ímpares que este apresenta. Um homem competente, honesto e trabalhador. Um militante de primeira hora que sempre privilegiou o partido. "PAIGC é portador de um Projecto de sociedade justa e moderna. Estes valores estão a ser desvirtualizados hoje. Nós, como veteranos, não estamos interessados em lugares de governação, mas estamos comprometidos em ver a frente do PAIGC, militantes competentes capazes de levar o partido a respeitá-los e ajudar a Guiné-Bissau. Dr. Abubacar Demba Dahaba que conheci desde pequeno reúne essas condições", considerou.
O lançamento da candidatura de Dr. Demba Dahaba, foi uma oportunidade para Manecas (combatente respeitado e com espaço no PAIGC) falar sobre a sociedade guineense nos dias que correm. Disse que está com medo, porque as mudanças estão a serem verificadas apenas no sentido negativo. "A sociedade não está bem, mas o nosso partido também não está. Não podemos continuar num partido que diariamente perde os seus princípios e cruzamos braços. A sociedade perde os seus princípios e o PAIGC também. Por isso, estamos nessa luta para ajudar na reorganização".
A título de exemplo da perda de valores na sociedade, Manuel Maria Monteiro dos Santos /(Manecas) recordou que, hoje quem rouba na Guiné-Bissau não é chamado ladrão. "É considerado de macho. valente. Isso, não está correcto e precisa de ser mudado. Mas pode ser só com o respeito aos valores e princípios. E Dahaba tem valor e tem princípio. Porque apesar dessa sociedade estar corrupta, ele não se vendeu", elogiou Manecas, seguido de um aplauso ensurdecedor dos presentes.
Insistindo na descrição de Demba Dahaba que disse conhecer muito bem, Manecas acrescentou que o potencial vencedor do cargo de Secretário Nacional cresceu no PAIGC e num desrespeitou os princípios. "Estamos numa corrida com um objectivo apenas: Mudar o nosso partido e a nossa sociedade pela positiva. Não tenho dúvidas que se ganhar, vai ter muito trabalho para fazer essas mudanças", concluiu Manuel dos Santos.
Posted on 02:14 by Militante do PAIGC
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Dr. Abubacar Demba Dahaba apresentou dia 25 de Novembro a
sua candidatura para o cargo de Secretário Nacional do PAIGC. A candidatura
para o VIII Congresso a ter lugar em Cacheu numa data a indicar, tem quase
aderência de todos. A reacção ao aparecimento público de Demba Dahaba foi
simplesmente encantador e convincente. Todos sem excepção consideraram Dr.
Abubabcar Demba Dahaba, candidato real a cabeça de lista do partido nas
próximas legislativas.
Muita afluência dos militantes e dirigentes do PAIGC, a fé
dos veteranos num salvador do PAIGC e do País: Demba Dahaba. Dos três discursos
ouvidos, destaque para, Manuel Maria Monteiro (Manecas), que em nome dos Combatentes
da Liberdade da Pátria, foi o mais contundente e realista. Qualificou Demba
Dahaba do único capaz de conduzir o partido e retribuir-lhe os seus princípios.
Único capaz de salvar a Guiné-Bissau.
Um desafio extremamente difícil, segundo Manecas, mas ao
alcance de Demba Dahaba, por várias razões. Manecas recorda ter conhecido dr.
Abubacar Demba Dahaba, ainda criança nas zonas libertadas, quando era elo de
ligação entre os guerrilheiros do PAIGC. Depois foi um militante ordeiro e
respeitador. “Mas o que mais me impressiona, não o seu conhecimento ao partido.
É que num país onde os valores foram minados, o Dr. Demba Dahaba não se deixou
corromper. Estou aqui para lhe dar força, mas para lhe dizer que se ganhar o
Congresso, vai ter muito trabalho para retribuir o nosso partido os seus
princípios e para recuperar os valores perdidos”, disse.
Por sua vez, o candidato subiu a tribuna para lançar muitos
desafios aos militantes do PAIGC, congressistas e guineenses em geral. O
momento é de mudança. E o PAIGC tem de mudar.
Defendeu um PAIGC coerente com os valores que ajudou a
implantar. Os valores da democracia. “O PAIGC em 1994 aceitou a queda do artº
4. Implantou a democracia. Não é aceitável, mais de 15 anos depois, se continue
a reinar princípios quase que antidemocráticos. Temos que mudar e fazer do
PAIGC um partido respeitador das regras democráticas e que sobretudo vai permitir
a separação de poderes”, afirmou.
Sereno e com um discurso de maior responsabilidade, Demba
Dahaba sentiu-se mais responsabilizado quando minutos antes de usar de palavra,
ouviu Carlos Domingos Gomes, CADOGO Pai a considera-lo de uma pessoa indicada
para enfrentar os momentos que a Guiné-Bissau vive. Um gestor rigoroso, mas
sobretudo dirigente competente comprometido com os valores da Nação.
Antes foi Abel da Silva, Director da candidatura a
fundamentar perante todos os presentes, os motivos que levaram o Grupo de
Reflexão constituído por 7 quadros do partido a apostar em Dr. Abubacar Demba
Dahaba como candidato ao cargo de Secretário Nacional. “Analisamos o perfil de
todos aqueles que manifestaram intenções de concorrer e chegámos a conclusão
que, para atingirmos as metas traçadas, o Grupo e posteriormente o partido,
devem apostar no DR. Abubacar Demba Dahaba.
Posted on 08:30 by Militante do PAIGC
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
O candidato ao cargo de Secretário Nacional do PAIGC, Dr. Abubacar Demba Dahaba, vai lançar oficialmente a sua candidatura no próximo dia 25 de Novembro (Segunda-feira) em Bissau. O candidato de unidade e Coesão interna no PAIGC, vai nesse mesmo dia apresentar o seu Manifesto de salvação ao partido e ao país, resumido num maior compromisso com o PAIGC e a Guiné-Bissau.
No
mesmo documento, Dr. Abubacar Demba Dahaba apresenta o diagnóstico que fez
sobre as persistentes crises no partido e chega a conclusão que só a separação
de poderes pode ajudar a ultrapassa a situação. Dahaba continua a defender a
descentralização dos poderes e alerta que, quando os estatutos dão todos os
poderes a um único dirigente, dificilmente se pode livrar da ditadura ou culto
de personalidade.
O
candidato da Unidade e coesão interna defende ainda a cultura de prestação de
contas e avisa que, aqueles que pensam o contrário, têm outras intensões.
Na
região de Quinará no Domingo passado (17), Dahaba assumiu perante os guineenses
o desafio de ajudar a Guiné-Bissau a sair da cíclicas crises, mas alertou que o
primeiro passo tem de ser dado no PAIGC. “Enquanto não organizarmos o PAIGC;
enquanto não criarmos condições de sossego no partido, este PAIGC nunca atingirá
em pleno os seus objectivos. E os objectivos do PAIGC, é cumprir a sua
obrigação de ajudar na tranquilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau”, disse.
Assim,
todos os guineenses, em particular, militantes e simpatizantes do PAIGC estão convidados a juntar-se no projecto de
Homem de Estado e combatente do desenvolvimento, Dr. Abubabacr Demba Dahaba.
Mais
informações no blog www.dembadahabakunomisti.blogspot.com.
Posted on 03:54 by Militante do PAIGC
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Abubacar Demba Dahaba, anunciou
dia 17 de Novembro, em Buba (Quinará) de que é candidato ao cargo de Secretário
Nacional do Partido. Candidato de Unidade e Coesão Interna, Demba Dahaba,
constitui o único entre os candidatos que tem insistido na revisão dos Estatutos
para claramente se definir a separação de poderes entre o Presidente e o Secretário
Nacional. Em Buba, o líder do Projecto G7 reafirmou a sua determinação de ser
um dirigente que vai prestar as contas ao partido e ao país, mas advertiu que
tal passa necessariamente pela separação de poderes. Caso contrário, se
persistir essa situação de centralização, de igual modo, o PAIGC continuará na
desorganização, mas sobretudo com homens poderosos como tem sido até aqui.
Na presença dos seus apoiantes e
populares das regiões de Quinará e Tombali, Demba Dahaba reafirmou ser defensor
da separação dos poderes no PAIGC (Presidente do partido e um Secretário
Nacional), porque assim se pode “prestar contas ao partido e ao parlamento,
quando se trata de assuntos da governação. Dahaba defende a revisão inevitável
dos Estatutos neste Congresso, porque os actuais, são deficientes e provocam
conflitos antagónicos. “Não podemos dizer que temos diferentes órgãos. Esses
órgãos acabam por não fazer nada, porque são presididos pela mesma pessoa”,
referiu.
A cidade de Buba recebeu o anunciado
candidato ao cargo de Secretário Nacional Dahaba num ambiente de festa total.
Pouco sol, os chuviscos que faziam sentir em Buba foram para alguns considerado
de bênção de um salvador do partido, militantes, combatentes de liberdade da
pátria e dos guineenses em geral. Ao som de instrumentos tradicionais, tambores
e animações dos músicos modernos, Demba Dahaba foi logo interceptado pelos
jornalistas e disse logo, que a sua candidatura visa apenas salvar o partido.
No palco montado para animação, se podia ouvir entre outros “Daba
firma pabia combatentes precisa di bó”; “Dahaba organizanu partido pa nó pudi tchiga
eleições más forte”.
Com mensagens fortes, outros
preferem salientar o facto de um dirigente do partido, funcionário
internacional, aceitar entrar nesse desafio. “É sinal de que Dahaba nunca virou
costas ao partido”, comentou.
Nos discursos, Pedro Djatá,
secretário do Partido disse na sua intervenção que, a Região ficou grato à
Abubacar Demba Dahaba, porque várias razões: a primeira, é que não sendo
natural da região, decidiu eleger Quinará como seu bastião político. A segunda,
os apoios e reabilitação a estruturas do partido. Perante tudo isso, pediu aos
delegados do VIII Congresso para votarem em Dahaba, tal como fizeram com o
falecido Issuf Sanhá, que trocou Bafatá por Quinará e depois foi eleito
deputado. “Dahaba depois dessa ligação com a nossa região, fez coisas
importantes para o partido. É prova de que vai fazer. Mas o mais importante, é
apostarmos nele para que nos reorganize o partido”. Na parte final da sua curta
intervenção, fez referência a eficácia do voto. Pediu ao candidato para que
fique tranquilo, porque a região de Quinará normalmente surpreende em termos de
voto.
“Estou cá, porque sou defensor da separação dos poderes”, Alamara
Nhassé
Das várias personalidades
presentes no acto, uma das atracções foi sem dúvidas, Alamara N’Tchia Nhassé.
Ele que parecia estar ao lado dos veteranos, disse ter marcado presença em Buba
e para “dar força a Dahaba”, porque é defensor da separação dos poderes. “A
minha presença aqui, não é casual. Estou cá, porque sou defensor da separação
dos poderes no país e no PAIGC em particular. O PAIGC precisa de ter pessoas
nas estruturas capazes de prestar contas aos seus dirigentes e militantes. E
por sermos defensores da separação dos poderes, achamos que alguns órgãos devem
ser eleitos de forma secreta”, considerou.
A título de exemplo da
importância da separação de poderes e da prestação de contas, Alamara Nhassé
assegurou que hoje, ninguém no PAIGC sabe como é que as contas do partido foram
geridos nos últimos anos. “Por isso, digo aos meus colegas que, aqueles que
estão a opor-se a separação dos poderes têm outras intensões. Se não tiverem,
iriam aceitar. Por isso, apelo aos delegados ao Congresso, para que não hesitem
em apostar neste projecto de separação de poderes liderado por alguém que já
deu provas de competência e honestidade”, elogiou.
As intervenções não foram tantas
e muitos estavam com muita ansiedade de ouvir a mensagem de Dahaba. Ao lado da
esposa, Dahaba começou por justificar a decisão de avançar para o desafio e
resumiu tudo na necessidade de ajudar o partido e participar na construção do
país. Demba Dahaba fez um historial como partido libertador, as etapas
percorridas no desenvolvimento e em resumo disse que, mesmo não atingindo
plenamente os objectivos traçados, reconhece que algo foi feito. Contudo, acha
que o partido continua a ter dificuldades, porque os seus dirigentes têm
desviado de certos princípios. “O PAIGC foi conduzido para a luta, através do
seu fundador. Hoje, se Cabral estivesse vivo e olhar para o nosso nível de
desenvolvimento, certamente que diria não valia a pena ir a luta. Porquê?
Porque a luta era para ser independente e desenvolvido. Hoje isso não é
realidade, porque os princípios que nos levaram a luta estão a ser desviados.
Desviados por alguns cidadãos, mas sobretudo por nós do PAIGC. Daí, a
pertinência da minha candidatura para mudar o rumo de acontecimentos no PAIGC e
para o país em geral”, justificou.
Olhando pelo passado, ele que é
fruto do PAIGC, diz reconhecer as obras realizadas, até porque os combatentes,
para além de respeito, devem servir de fonte de inspiração para o progresso.
“Do que é que o PAIGC e o país
precisam?”
Sossego e paz. Esta foi a curta
resposta que Abubacar Demba Dahaba apresentou para fazer face aos problemas do
PAIGC e da Guiné-Bissau. Segundo ele, a paz e tranquilidade de que necessita na
Guiné-Bissau dependem fundamentalmente do sucesso e tranquilidade no PAIGC. “O
PAIGC precisa de tranquilidade. Mas a tranquilidade, o bem que pretendemos para
o nosso partido, tem de ser objecto de reflexão. Que PAIGC queremos? Nós, neste
projecto, já reflectimos e chegamos a conclusão que precisamos de um PAIGC
unido, democrático, tranquilo, com poderes separados. Um partido que deve ter
estatutos capazes de evitar-lhe os problemas. Os problemas do PAIGC estão
ligados aos Estatutos. São bastante centralizados. E o que pode mudar, é quando
descentralizarmos. Estes estatutos precisam de ser mudados. E aqui, pedimos a
todos os militantes que nos apoiem para fazermos a mudança necessária”,
defendeu.
Sem indirectas, Abubacar Demba
Dahaba não quer culpabilizar ninguém do Estado que histo chegou no PAIGC. “Não
vou dizer que aqueles que dirigiram o partido é que usurparam tudo não. Digo
que foram os nossos estatutos é que deram poderes a todos eles. E quando o
homem tem todos os poderes, certamente que pode vir a ser levado por aquele
caminho inadequado. É exactamente isso que aconteceu ao PAIGC. Os Estatutos
deram todos os poderes a única pessoa e aconteceu aquilo que todos condenaram
depois. Por isso, o nosso Projecto de candidatura quer mudar tudo isso. Mas a
mudança passa pela revisão de Estatutos que vão definir claramente a missão do
Presidente e do Secretário nacional”.
Convicto de que a centralização
demasiada dos poderes é responsável pelos problemas antagónicos no PAIGC, Demba
Dahaba compreendeu igualmente que os problemas aparecem no partido, porque a
distribuição do colectivo não tem sido justa. “A distribuição de tudo aquilo
que é colectivo, deve ser de forma justa. E isso não tem acontecido. E quando
há injustiça, os problemas aparecem. A distribuição dos poderes no PAIGC não é
justa. Mas há quem tenta dizer o contrário. Mostra que o PAIGC tem Comité
Central; tem Bureau Político; tem Comissão Permanente; tem Conselho Nacional de
Jurisdição e demais outros órgãos. Mas infelizmente essas mesmas pessoas
esquecem-se de dizer que todos estes órgãos são presididos pela mesma pessoa
que é o presidente. É aqui que está a injustiça e a falta de eficiência no
funcionamento do partido”.
Problema identificado, a hora de
meter mãos a obra. O anunciado candidato não fartou de alertar aos dirigentes e
simpatizantes do PAIGC que o partido não pode ter sossego “se esta situação prevalecer”.
Para além da eficácia e
eficiência que se pretende para o PAIGC com a separação dos poderes, o outro
objectivo é a prestação de contas. Aos dirigentes, militantes e simpatizantes
do PAIGC, Abubacar Demba Dahaba defende um Primeiro-ministro a ser escolhido
pelo Comité Central, mas que depois vai prestar contas ao partido e ANP. “As
pessoas não querem prestação de contas, não querem que lhes seja feita nada de
controlo. Isso estranha-nos bastante. Quem não quer ser rico, de facto, não
pode temer o controlo. Infelizmente ouvimos alguns dos nossos colegas a
defenderem o contrário, porque querem ser o todo poderoso.
Posted on 09:00 by Militante do PAIGC
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
O Prof. Dr. Abubacar Demba Dahaba
vai anunciar no próximo Domingo, 17 de Novembro, na cidade de Buba (Região de
Quinará), a sua decisão de candidatar-se a liderança do PAIGC, no VIIIº
Congresso do Partido que vai ter lugar na cidade de Cacheu numa data a indicar.
Candidato de Unidade e Coesão Interna no partido, Demba Dahaba só decidiu avançar
para a candidatura depois de ter sido eleito Delegado ao VIIIº Congresso e
membro do Conselho Regional do PAIGC na Região de Quinará. Militante de longa
data no partido, e que sempre trabalho nas bases do PAIGC, Demba Dahaba decidiu
que vai dedicar-se inteiramente ao PAIGC, aceitando o pedido veteranos, combatentes,
quadros, jovens e militantes do partido, com único objectivo de salvar o PAIGC
da crise de liderança e de contribuir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Apoiado por um Grupo Reflexão
constituído pelos quadros Partido denominado (G7) e que reflectiu o partido
durante quatro anos, Abubacar Demba Dahaba é defensor da separação dos poderes
e da prestação de contas tanto no partido como na governação. Quando no último
Comité Central do PAIGC optou por um Presidente e um Secretário Nacional para a
liderança do partido, Dr. Dahaba qualificou a decisão como sendo um passo para
a estruturação, mas também para “o reforço da democracia interna, unidade, e
sobretudo para defesa dos valores da transparência”.
Ainda na próxima, Dr. Abubacar
Demba Dahaba vai oficialmente proceder o lançamento da candidatura em Bissau.
Posted on 05:47 by Militante do PAIGC
Nos dias que correm quem acompanha a actualidade política, sobretudo questões ligadas aos PAIGC, ouviu diferentes projectos de candidatura a falar das conferências sectoriais. Numa clara violação dos estatutos, as outras candidaturas anunciam publicamente supostas vitórias, só porque, alguns dos seus declarados ou intencionados apoiantes chegaram a Comissão Política. Isso, até pode ser uma verdade, mas não prova de que ganharam essas bases, visto que os restantes militantes podem optar por outros projectos. E mais, ser eleito para uma Comissão Política não é sinal de que tem controlo de toda a base, sector ou região. dada a gravidade dessa situação aliado ao facto da Direcção do Partido não ter assumido nenhuma responsabilidade contra esta atitude, para repor a verdade dos factos, o Grupo de Reflexão G7 que apoia a candidatura do Dr. Abubacar demba Dahaba a liderança do PAIGC no cargo de Secretário Nacional, vai finalmente tornar público os resultados das conferências sectoriais. Apesar de ser uma atitude anti-estatutária, os responsáveis do Grupo acham que esta é das poucas formas restantes para desmascarar as mentiras que estão a ser inventadas publicamente pelos restantes candidatos. Na conferência de imprensa que vai ter lugar numa data a indicar, o Projecto não vai citar nomes, mas sim tornar público elementos que provam que "são mentiras" os dados que apresentam são falsos.
Posted on 01:31 by Militante do PAIGC
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Abubacar Demba Dahaba candidato de Consenso ao cargo de Secretário Nacional do PAIGC, está a ser um dos mais bem colocados para ganhar o próximo Congresso. Todas as discussões no partido giram a volta das suas propostas. O candidato não fala ainda na vitória, mas o que quer é um Congresso que permita o partido reorganizar-se e assumir as suas responsabilidades perante o povo.
ele que desde primeira hora defendeu a separação dos poderes, acha ter chegado a hora dos militantes do PAIGC decidirem, para o bem da Guiné-Bissau. "Continuo a insistir que o PAIGC tem responsabilidades neste país. E a nossa responsabilidade vai começar a ser demonstrada, quando todos nós consciencializarmos que o partido precisa de uma reorganização. E isso passa necessariamente pela fixação de uma data ideal", disse.
Determinado em unir os militantes e fazer o PAIGC voltar ao poder, Demba Dahaba que sempre recusou tratar questões ligadas a vitória ou divergências entre os candidatos, acha que tudo isso tem de acontecer no Congresso. "Não estamos no momento de tudo ou nada. Estamos em mais um desafio do partido, onde cada um quer dar o máximo de si para o partido e para a Guiné-Bissau. É este o meu espírito e quero que cada militante ou candidato nutra o mesmo. No dia em que todos nós pensarmos assim, os problemas serão ultrapassados".
Apesar de ser este o espírito, Dahaba acha que tem o melhor projecto, mas cabe aos militantes e congressistas avaliar. "Nunca falamos na vitória. Eu nunca falei na vitória, porque sou militante do PAIGC e do que o partido precisa são as nossas ideias. Aquilo que propomos ao Comité Central e que foi aceite foram ideias para o nosso bem. Estamos a propor as mesmas ideias na conferências e faremos o mesmo no Congresso. Se no final, as pessoas acharem que nós de facto é que estamos bem posicionados para vencer o Congresso, agradeceríamos", rematou o líder do projecto 'Demba Dahaba ku nó misti na PAIGC.
ele que desde primeira hora defendeu a separação dos poderes, acha ter chegado a hora dos militantes do PAIGC decidirem, para o bem da Guiné-Bissau. "Continuo a insistir que o PAIGC tem responsabilidades neste país. E a nossa responsabilidade vai começar a ser demonstrada, quando todos nós consciencializarmos que o partido precisa de uma reorganização. E isso passa necessariamente pela fixação de uma data ideal", disse.
Determinado em unir os militantes e fazer o PAIGC voltar ao poder, Demba Dahaba que sempre recusou tratar questões ligadas a vitória ou divergências entre os candidatos, acha que tudo isso tem de acontecer no Congresso. "Não estamos no momento de tudo ou nada. Estamos em mais um desafio do partido, onde cada um quer dar o máximo de si para o partido e para a Guiné-Bissau. É este o meu espírito e quero que cada militante ou candidato nutra o mesmo. No dia em que todos nós pensarmos assim, os problemas serão ultrapassados".
Apesar de ser este o espírito, Dahaba acha que tem o melhor projecto, mas cabe aos militantes e congressistas avaliar. "Nunca falamos na vitória. Eu nunca falei na vitória, porque sou militante do PAIGC e do que o partido precisa são as nossas ideias. Aquilo que propomos ao Comité Central e que foi aceite foram ideias para o nosso bem. Estamos a propor as mesmas ideias na conferências e faremos o mesmo no Congresso. Se no final, as pessoas acharem que nós de facto é que estamos bem posicionados para vencer o Congresso, agradeceríamos", rematou o líder do projecto 'Demba Dahaba ku nó misti na PAIGC.
Posted on 05:46 by Militante do PAIGC
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
O Grupo de Reflexão (G7) constituído por militantes que
apoiam a intenção de candidatura de Abubacar Demba Dahaba, para o cargo de
Secretário Nacional promoveu uma conferência de imprensa dia 18 de Outubro para
posicionar sobre a actual situação vigente na preparação do VIII Congresso do
Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde. O acto serviu para
Abel da Silva, um dos elementos do Grupo de Reflexão chamar atenção a direcção
do Partido sobre aquilo que considerou de manobras dilatórias para adiar a
reunião magna do partido. Segundo ele, os pretensos candidatos devem respeitar
o compromisso assumido durante a reunião do Comité Central, que deliberou a
divulgação do Projecto de Estatutos que prevê a separação de poderes no seio do
partido. De igual modo acusou os restantes pretensos candidatos de estarem a
opor o modelo adoptado no Comité Central, porque querem ser superpoderosos.
"Se não adotarmos bons Estatutos, não restam dúvidas que certas pessoas vão pretender ser donos do PAIGC"
A reacção do G7 que apoia a candidatura de Abubacar Demba
Dahaba surgiu dias depois do Conselho de Verificação e de Jurisdição do Partido
ter suspendido as assembleias sectoriais em algumas zonas do país devido as
impugnações, mas principalmente o facto de certas candidaturas, terem
manifestado vitoriosos nas conferências sectoriais.
O assunto acabou por ser tema de começada da conversa com os
Jornalistas, e Abel da Silva considerou aquele procedimento de inédito, mas
demonstrativo de insuficiência estratégica dos seus futuros adversários. “É
Verdade que neste momento estamos a preparar a realização do Congresso através
da realização das conferências de base, secções e sectoriais. Estão a serem mal
realizadas. Estamos a assistir comportamentos por parte das pessoas que alegam quererem
liderar o partido, totalmente antagónicos a forma de funcionar do PAIGC. O
nosso desejo é ter um PAIGC unido e forte para vencer as eleições”, afirmou.
Nas suas declarações, Abel da Silva foi peremptório a
afirmar que, a forma como alguns pretensos candidatos estão a comportar, está a
empurrar o partido para um perigo. “Não estamos aqui para condenar ninguém. O
que queremos é advertir as pessoas para assumirmos um rumo certo. E rumo certo
é proceder com normas que ajudam o partido e não assumir comportamentos que
acabam por prejudicar-nos a todos”, alertou.
Os comportamentos inadequados, segundo ele, são aliciamentos
verificados em algumas conferências, tanto nas bases, secções e sectores. “Mas
o mais grave de tudo isso, é a publicação de resultados a favor de alguns
projectos políticos que visam concorrer no congresso. Estão estranhamente a comportar
como se estivéssemos nas legislativas ou nas autarquias! Uns dizem que
conquistaram 32 Comissões Políticas, outros 25. Mas afinal, quantos sectores
temos no país”, questionou. Ele que fez questão de responder a sua pergunta
afirmando que existem apenas 44 sectores, não hesitou em afirmar que os seus
opositores estão a desinformar e a enganar os militantes. “Desinformação começa
nos números que avançar. E nas suas contas, em vez de 44, temos 57 sectores.
Isso é falso”, qualificou, aconselhando os elementos de outros projectos a
deixarem de falsificar os dados. “É bom que as pessoas digam verdade aos
militantes. Temos que ser realistas com cenários existentes. Quem engana os
militantes, vai sem dúvidas enganar o povo amanhã”, insistiu.
Conforme os membros do projecto G7, está em curso uma
campanha publicista jamais vista no PAIGC. “Se na verdade são verdadeiros
militantes, é bom que pautem pelo sistema interno do partido. Divulgação dos
resultados, é sinal de que, as zonas que eles consideraram como não apoiantes
serão excluídas depois por aquele projecto de candidatura. E isso é mau para o
PAIGC”.
Da Silva aproveitou para esclarecer a aqueles que assumiram
a essas atitudes que, não estão a ajudar, sobretudo naquilo que é colectivo.
“As comissões políticas não são dos candidatos. São do PAIGC. E PAIGC não é de
ninguém. É um projecto dos seus militantes. E quando e quando se faz conotação
dos resultados com pessoas, é porque estamos perante um perigo. Mas, o mais
grave é que os resultados são falsos. Porque existem outros projectos. Existe o
G7 e a Plataforma. Querem dizer que estes são zero? Não conquistaram nada?”,
perguntou, repetindo o apelo de todos deixarem de dar dados falsos aos
militantes e ao povo.
Numa outra denúncia, Abel da Silva revelou terem informações
de que existem pessoas a fomentar o tribalismo nessas candidaturas. “Isso é
extremamente perigoso. Porquê é que vamos fomentar candidaturas nas bases,
secções e sectores com argumentos tribais. Queremos chamar atenção aos nossos
dirigentes que estão a fazer ou a patrocinar este trabalho de desinformação
para não rebentarem com o PAIGC”.
O primeiro mal que estas atitudes causou ao partido na visão
de Abel da Silva, são as impugnações que deram entrada no Conselho Nacional de
Jurisdição. Nas suas explicações, o problema aconteceu exactamente através dos
métodos de votos. Braços levantados. Na opinião de Abel, quem aliciou os
militantes vai exigir braços levantados para ter a certeza se quem tomou o
dinheiro votou. “O que queremos que a direcção do partido faça é colocar urnas
lá onde devem estar. Isso é que queremos”, sublinhou, porque é a única forma de
fazer um trabalho transparente e evitar a contradição entre os militantes.
“O Comité Central
aprovou a descentralização de poderes. Porque razão resistir”
No que diz respeito ao último Comité Central e as decisões
nele saídas, Abel da Silva começou por esclarecer que, estava-se perante o
artigo 106, nº 2 que diz que em todos os Congressos ordinários os Estatutos
devem ser revistos. “No Bureau Político e no Comité Central, todos os
militantes do PAIGC que nele participaram sentiram uma tendência para a revisão
dos Estatutos e para a Separação de poderes. E como se isso não bastasse, a
Direcção do partido decidiu chamar os pretensos candidatos (não são candidatos,
porque ainda não obedeceram o artº 36, nº 1. Isto é serem legitimados pelo CNJ
do partido. É ele que analisa, perfil e critérios) para um encontro onde
assinaram um compromisso. Qual é o compromisso? Todos aceitaram que os Estatutos
devem ser revistos. Todos aceitaram que devemos separar os poderes na lógica de
descentralização e desconcentração numa só figura. Todos aqueles que pretendem
candidatar assinaram. Só que depois de saírem da sala consideraram que aquela
assinatura não presta. É uma atitude intolerável, porque se ganharem depois,
não vão respeitar os compromissos”, condenou Abel da Silva.
No entender de Abel da Silva, certos pretensos candidatos
estão com o problema de coerência, dignidade e responsabilidade. “Isto nos
preocupa bastante e leva-nos a alertar aos nossos camaradas para estarem com
muita atenção sobre a forma como as pessoas estão a proceder. Quem quer a
liderança, tem de ser uma pessoa com muita idoneidade. O que está a acontecer é
triste, porque certas pessoas, certos pretensos candidatos assinaram um
documento e não querem respeitá-lo”, denunciou.
"Se não adotarmos bons Estatutos, não restam dúvidas que certas pessoas vão pretender ser donos do PAIGC"
Da Silva não concordou com as vozes que alegam que o
problema do PAIGC não está nos Estatutos. Advertiu que, quando os Estatutos dão
todos os poderes a uma pessoa, porque mais que não queira, acaba por concentrar
tudo. “Todos nós já ouvimos da boca dos juristas que, más leis facilitam
conflitos. E se continuarmos com os Estatutos tal como estão, não restam
dúvidas que teremos problemas. Nos estatutos actuais, o presidente preside
todos os órgãos, Comité Central, Bureau Político e demais outros. Até no
Conselho de Jurisdição tem poderes. O secretariado Nacional é presidido pelo
Presidente do Partido e o secretário não passa de um menino de mandado. As suas
ideias não são tidas em nada. Digam-me uma coisa: nestas condições, quem pode
resistir?”, indagou.
Conforme ele, na descentralização dos poderes que se quer
para o PAIGC, o presidente deve ficar apenas nos órgãos onde se deve prestar as
contas. O Bureau Político e o Comité Central. “E nesta óptica, o Secretário
Nacional seria máquina do partido, e presta contas aos órgãos que estávamos a
referir. Se o PAIGC ganhar as eleições, ele também pode concorrer ao cargo de
Primeiro-ministro e posteriormente prestar as contas. Isso é que defendemos no
G7. Mas hoje, não compreendemos, do quê é que as pessoas têm medo. Desafiamos
hoje a todos aqueles que querem ser Primeiro-ministro apoiado pelo PAIGC que
aceitem ir as funções de Secretário Nacional para depois poderem prestar
contas”, exclamou, Abel da Silva.
O porta-voz do Grupo 7, numa clara indirecta aos restantes
pretensos candidatos disse que se na verdade não dispõem de segundas intenções
ou servir-se do partido, não devem temer nada. “Sabemos claramente do quê é que
as pessoas temem: Prestação de contas. Alguns dos pretensos candidatos estão a
opor-se a separação de poderes, porque querem ser todo-poderoso no partido”,
acusou, acrescentando que alguns deles querem ser donos do PAIGC. “Não
permitamos nunca mais que alguém seja dono do PAIGC. Mas para que o PAIGC não
tenha dono, nós devemos criar estrutura para tal”, aconselhou Abel da Silva.
Posted on 06:44 by Militante do PAIGC
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
A Directoria da candidatura do Dr. Abubacar Demba Dahaba
está preocupada com os relatos de polémica nas conferências sectoriais para o
congresso de Cacheu marcado para Novembro próximo. Informações chegadas a Directoria, através de alguns supervisores
denunciam que, existem candidaturas que opõem-se ao debate entre os militantes de Base do modelo de Estatutos
aprovados pelo Comité Central. Para a Directoria, a atitude é lamentável, porque, o modelo aprovado, foi resultado de um
Compromisso assumido por todos os candidatos. Para todos os militantes e
eleitores tirarem ilações, aqui vai a cópia do documento.
Posted on 07:40 by Militante do PAIGC
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
O Candidato ao cargo de Secretário
Nacional do PAIGC e líder do Projecto Unidade Interna disse na abertura das
Conferências de Base que o VIIIº Congresso do PAIGC é uma oportunidade para o
partido reorganizar, unir os seus militantes e partir para grandes vitórias
eleitorais de forma a tirar a Guiné-Bissau das dificuldades em que se encontra.
Em declarações ao www.dembadahabakunomisti.blogspot.com, Abubacar Demba Dahaba defendeu que
no PAIGC é chegada a hora dos militantes reflectir sobre as crises internas que
o partido tem vivido e criar condições para que haja estabilidade partidária e
consequentemente para o país.
No entanto, o candidato entende que essa união de que o PAIGC
precisa, só será possível quando os militantes escolherem para a liderança,
figuras competentes e sem qualquer compromisso. Demba Dahaba encorajou aos militantes
do PAIGC a participarem massivamente nas assembleias de base, fazendo propostas
a estatutos em debate.
Demba Dahaba, cuja proposta apresentada no Comité Central para
alteração de Estatutos foi objecto de consenso entre os membros daquele órgão, recusou
gabar-se de alguma vitória neste sentido. Abubacar Demba Dahaba assegurou que o
seu Projecto insistiu no Modelo de Estatutos neste momento em debate nas bases,
porque é único capaz de descentralizar os poderes de liderança e permitir prestação
de contas durante o exercício tanto partidário como governamental.
Em relação a outras candidaturas que defenderam outros
modelos e, por sinal, saíram derrotados do Comité Central, mesmo sem querer
entrar em provocações, Abubacar Demba Dahaba acha que cada um deve tirar
ilações da sua posição. Porquê? Porque se defenderam um Modelo que não foi
aceite, isso significa que não têm estruturas montadas para o actual contexto
partidário. Dahaba disse acreditar que os militantes do PAIGC já estão
suficientemente maduros para saber quem é neste momento militante ou dirigente
capaz de conduzir o partido e consequentemente a governação.
Em relação a sua candidatura, Demba Dahaba garantiu que no
dia 18 de Outubro vai fazer anúncio oficial em Buba (região de Quinará) onde foi
eleito delegado para o Congresso. O lançamento oficial vai ter lugar em Bissau
no Hotel Azalay no dia 24 de Outubro.
Posted on 09:53 by Militante do PAIGC
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde, vai realizar o seu VIIIº Congresso Ordinário de 7 a 10 de Novembro. Antes do Congresso, foram várias as propostas feitas para a revisão dos Estatutos. A primeira proposta apresentada veio dos veteranos através da Plataforma para Unidade e Coesão Interna e que defendia um presidente apenas para o PAIGC e que esteja fora de qualquer estrutura ligada a governação. A segunda foi apresentada por alguns candidatos, que consistia em manter os actuais Estatutos. Isto é ter igualmente um presidente que consequentemente é candidato ao cargo de Primeiro-ministro. A terceira proposta, foi apresentada por Abubacar Demba Dahaba, inspirado na Reflexão do Grupo dos 7 chamado G7. Uma proposta que consiste em dotar o PAIGC de duas figuras na liderança. Um Presidente do partido e um Secretário Nacional. O secretário Nacional é candidato do Partido à Primeiro-ministro. O objectivo dessa proposta era desconcentrar os poderes e permitir que os elementos da direcção prestem contas ao partido.
Durante os 11 dias em que decorreram o Comité Central, os
dirigentes do PAIGC acabaram por recomendar através de uma resolução, que a
proposta que permite um secretário Nacional e o presidente seja levado à
conferências de base. Isto é, este será o documento em que vai sair a nova
liderança do partido.
Apesar de ser uma proposta feita pelo seu Grupo, Abubacar
Demba Dahaba não quer que seja considerado o vencedor do Comité Central. “Não.
Acho que quem vai ganhar é o PAIGC. No nosso Projecto pensamos e continuamos a
pensar que só a descentralização pode dar tranquilidade e democracia
necessárias ao PAIGC. Felizmente, a maioria dos membros do Comité Central
entendeu a mensagem e estamos de facto felizes por termos apresentado uma
proposta aceite”, reconheceu.
Abubacar Demba Dahaba disse acreditar que o seu Projecto vai
ganhar o próximo Congresso e será ele o Secretário Nacional do PAIGC para os
próximos quatro anos. Se os militantes aceitaram o nosso modelo, é porque
acreditam que é o melhor. Agora, o que acho que faltou é confiar-nos o poder
para implementarmos este modelo”, disse o candidato.
Dahaba continua a defender que, o PAIGC só vai reencontrar
quando os militantes elegerem para a sua liderança pessoas capazes. “O nosso
passado disse aquilo que somos capazes de fazer. E estamos dispostos para
servir o PAIGC e o país. Agora, o que para nós é importante, é a capacidade dos
militantes em fazer opção. São de facto tantos os candidatos. Mas quem são os
melhores. Quem pode unir; quem pode reconciliar? Qual é o passado de cada um? Isso
que para nós, deve ser fundamental no futuro”, prosseguiu.
Abubacar Demba Dahaba vai anunciar a sua candidatura ao cargo de secretário Nacional do PAIGC no dia 18 de Outubro corrente na cidade de Buba, e já no dia 21, em Bissau apresentará como candidato, numa cerimónia que vai decorrer no Azalay Hotel.
Posted on 09:42 by Militante do PAIGC
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Modelo liderança para o PAIGC encabeçado por Abubacar Demba Dahaba vai para debate no Comité Central
O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC) está em reunião do Bureau Político (BP). É nessa reunião que vão ser
encaminhadas os documentos para o Comité Central. Este órgão máximo
deliberativo do partido no intervalo de dois Congresso vai juntar os documentos
que serão entregues a comissão nacional preparatória para assembleias de bases,
sectoriais e consequentemente seleccionar as propostas para o VIIIº Congresso a
ter lugar em Cacheu numa data a indicar.
Dentre várias propostas na agenda, uma delas, é aquela do
Projecto liderado, por Dr. Abubacar Demba Dahaba. Considerado neste momento uma
das propostas mais democráticas, através do modelo de liderança que propõe, o Projecto
Demba Dahaba vai convencer os mais de 350 delegados a indicarem Secretário-geral
e presidente, como a opção para discutir nas bases.
Tendo em conta a existência de mais dois modelos para optar
e com apoios de peso, os apoiantes de Demba Dahaba defendem que “é muito
importante” os militantes do partido reflectirem”, porque o futuro do PAIGC é
que está em causa.
Num comentário a este modelo (secretário-geral e presidente),
Abubacar Demba Dahaba não tem dúvidas que, se os militantes do PAIGC
pretenderem ter um partido com maior organização devem escolher o seu Projecto.
Importa informar que, as reuniões do Bureau Político do PAIGC terminam na noite do dia 30 e na manhã do dia 31 deve iniciar o Comité central. Depois da reunião do CC, a comissão Nacional Preparatória vai levar as propostas aprovadas para o debate nas bases. Só no final destes trabalhos é que se vai marcar a data do Congresso.
Posted on 09:14 by Militante do PAIGC
sábado, 27 de julho de 2013
Abubacar
Demba Dahaba, economista e antigo quadro do BCEAO, é candidato a liderança do
PAIGC no próximo Congresso do Partido. A decisão de se candidatar a liderança
do maior partido político nacional foi tomada há muito, mas só agora, o
ex-ministro das Finanças decidiu aparecer nos médias. E logo com uma
justificação. Primeiro disse que decidiu ingressar na política activa, porque terminou
a sua carreira como quadro internacional do BCEAO e a experiencia de gestão
acumulada quer colocá-la ao serviço do Partido e do país. Numa entrevista
exclusiva ao UH, Abubacar Demba Dahaba falou dos motivos que estão na sua
decisão de concorrer para o cargo de Secretário-geral e sem rodeios afirmou que
os actuais Estatutos do partido são responsáveis pela crise que o partido tem
vivido ao longo destes anos. O referido Estatutos centralizaram todos os poderes
num só órgão estatutário. A natureza deste Estatutos assemelha dum regime
totalitário que facilmente cria culto de personalidade. Como solução define a
descentralização dos poderes como a única saída para as persistentes crises no
PAIGC. E a descentralização, na sua opinião passa pela reintrodução do cargo de
Secretário-geral com poderes executivo. “Não é nenhuma novidade. Foi o modelo
que o partido tinha e que funcionou”, disse. Em relação pretensões da Plataforma
de Entendimento, Dahaba acha que as mesmas carecem ainda de clarificações em
vários aspectos que precisam de clarificação. Por isso, os mentores do seu
Projecto e seus apoiantes aceitaram negociar com os veteranos. “É prematuro
pronunciar sobre o assunto”, disse.
, ainda é possível mudar muita coisa para
positiva. Primeiro, contribuir para a unidade e estabilidade do partido e a
seguir, desenvolvimento do país.
Última Hora (UH) – Existem informações
que dão conta que, o Dr. Decidiu fazer política activa, concorrendo para o
cargo de secretário-geral no próximo congresso do PAIGC. Confirmas a
informação?
Abubacar
Demba Dahaba (ADD) – Confirmo a informação. O nosso Projecto de candidatura
vigora há mais de um ano. Nos últimos sete meses, desde que foi anunciada a
organização do Congresso no PAIGC, temos trabalhado no terreno. Reafirmo que,
como militante estou disponível para servir os interesses do partido e do país.
UH – O que é que leva um quadro do
BCEAO, com sucesso reconhecido, como é o seu caso a fazer política num país tão
instável como a Guiné-Bissau?
ADD –
Porque acredito que a Guiné-Bissau e viável. Estou disponível a partir de agora
para a política activa. Antes, como quadro internacional no BCEAO em activo,
estava vedado para fazer política. A minha carreira no banco chegou ao fim e
decidi dedicar o resto de tempo para fazer política. O objectivo dessa decisão
é dar a mesma contribuição que dei ao BCEAO para o país. No quadro da minha profissão,
a experiência que acumulei precisa de ser dedicada a causa do meu partido em
particular e do país em geral.
UH – O que é que lhe dá coragem de fazer
política na Guiné-Bissau?
ADD
- … risos. O que me dá coragem de fazer política neste país, é que continuo a
acreditar ainda que o país é viável. E continuo no PAIGC, porque acredito que o
partido reorganizado e renovado pode trazer o desenvolvimento ao país. Se o
país é viável, como acredito, acho que pessoas com a experiência que acumulei
ao longo de 26 anos, podem ajudar na transformação positiva do partido e do
país, pelo menos próximo de aquilo que Amílcar Cabral tinha sonhado. Portanto é
esta a minha ambição. Fazer alguma coisa que Amílcar Cabral tinha
perspectivado, quando decidiu fundar o PAIGC. Repito mais uma vez que, acredito
que, no tempo que me resta
UH – Garantir estabilidade no PAIGC
passa pela sua união. O PAIGC (mesmo sendo um partido ganhador), não é unido.
Já estudou as causas das divergências internas no PAIGC?
ADD
– As divergências de que está a referir no PAIGC, são de longa data. Por aquilo
que tenho constatado, as divergências de hoje no PAIGC têm reflexos de anos
atrás que devemos referir e mostrar que percebemos algo. Para falar da situação
actual e perspectivar o futuro e importante passar em revista o histórico.
Assim, no período da Luta Armada, as divergências no PAIGC provocaram o
Congresso de Cassacá. E quem é o verdadeiro Combatente da Liberdade da Pátria,
sabe o motivo e não vale a pena entrarmos em pormenores. Mas em Cassacá se
conseguiu ainda corrigir certas coisas. Ou seja se conseguiu parar apenas as
divergências na altura, mas não foram erradicadas. As pessoas continuaram e em
1973, por causa das divergências no PAIGC, mataram Cabral em Conacri. Tudo é
reflexo das contribuições antagónicas existentes na altura no partido. Mais uma
vez não vou entrar em pormenores, mas todos ouvimos na altura de que apuraram
as causas e a luta continuou. E aqui devo sublinhar a grandeza dum responsável
como Cabral como grande homem, porque apesar de o terem morto, as estratégias
que tinha desenhado para a luta, por serem eficazes e exequíveis, conseguiram a
independência. Cabral morreu, mas a sua obra não. O Programa Menor que tinha
traçado foi cumprido pelos Combatentes da Liberdade da Pátria. Embora esteja
até a data presente a faltar o Programa Maior, que é o desenvolvimento. Mas o
que devemos concluir aqui é que Cabral morreu por causa das divergências no
PAIGC. Já com a independência e no ano 1980, por causa das divergências no
PAIGC, militantes e dirigentes do partido pegaram em armas contra o seu próprio
Governo. Estou a falar de 14 de Novembro. Este movimento foi desencadeado pelos
dirigentes do PAIGC, por causa das divergências existentes no partido.
Portanto, em tudo aquilo que já tinha acontecido ao país, 14 de Novembro foi o
maior entrave colocado ao desenvolvimento do país.
Eu
alimento sempre uma convicção: por mais que possamos estar divergentes em
opiniões e até nas posições, só o diálogo pode ajudar-nos a ultrapassar. Violência
não constitui solução para nenhum problema. Alguém pode dizer, mas a luta
armada foi violenta. Respondo que fomos obrigados a fazer luta com armas,
porque se existisse uma outra solução, acredito que ela seria adoptada. Depois
de 14 de Novembro, o país passou a viver de golpes e contragolpes. Na
minha opinião, a partir de 14 de Novembro, nós do PAIGC quase que introduzimos
na agenda política que existe outra forma de chegar ao poder, é dar golpe de
Estado. Foi isso que mostramos as pessoas e acabou por ser copiado. Hoje em
dia, quando temos problemas recorremos a arma: Mau ensinamento. Mas
o que é que tudo isso tem a ver com união no PAIGC? Tem a ver, porque, nós
nesse partido, não estamos habituados a cumprir os estatutos. Quando não
cumprimos os instrumentos que nos devem guiar, o resultado não pode ser outro.
O golpe de 14 de Novembro deixou-nos nesse caminho e assim sucessivamente.
Fomos até Gabú (local onde se realizou o último Congresso do PAIGC) e mais uma
vez, o instrumento que aprovamos não foi respeitado. Na minha opinião os Estatutos
que aprovamos em Gabú centralizaram demasiadamente o poder num só órgão
estatutário e numa única pessoa.
UH – Acha que as últimas divergências no
PAIGC têm a ver com os seus estatutos?
ADD –
Sim. Porque na minha opinião, as últimas divergências no PAIGC se devem ao
facto dos poderes estarem todos centralizados num órgão estatutário. Nós é que
elegemos o órgão colocando lá uma pessoa, mas foi um erro adoptar aqueles
estatutos. Os instrumentos que aprovamos em Gabú (Estatutos), se assemelham a
um instrumento de regime ditatorial que facilmente cria culto de personalidade
e leva o titular de um órgão a pensar que é Deus. Os poderes estavam
demasiadamente centralizados. Foi mau. Porque o PAIGC no passado criou
democracia interna. Os seus órgãos não eram assim. Como é possível de um dia
para outro arranjar um instrumento que reprimi a democracia interna que
tínhamos! Esta foi a principal razão das últimas contradições. E elas vão
continuar, caso não adoptarmos estatutos capazes de descentralizar os poderes. Só
a descentralização de poderes pode trazer sossego no PAIGC. E o nosso projecto,
para isso é que está a lutar. A descentralização, é um imperativo para o bom
funcionamento de uma sociedade. Notem bem que no Estado descentralizamos os
poderes, mas no partido tudo está centralizado. Centralizamos até ao ponto de
não lembrar que estamos a trabalhar para o bem da sociedade. Vejam só quando o
PAIGC ganha eleições. Acomoda-se logo nos gabinetes. Não abre para as
autarquias. Mas quem não sabe que, a dinâmica de desenvolvimento de um país se
começa nas bases, nos Governos locais. Não e por acaso que as infra-estruturas importantes
nas regiões estão progressivamente a desaparecer.
UH – Ficou claro que, para o vosso
projecto os actuais estatutos não serve. Acha que têm condições para fazer
alterações necessárias nos futuros estatutos? O que é que o vosso projecto
pretende alterar de concreto?
ADD –
Quando estou a criticar que a centralização demasiada de poderes é má, não
posso nunca querer ser dirigente do PAIGC com o mesmo modelo. Defendemos a
descentralização. Mas não foram apenas ideias. Fizemos proposta de revisão e
que permitirá a descentralização.
UH – O que é que está na vossa proposta?
ADD –
Na nossa proposta está uma coisa bem clara: é preciso ter Presidente do Partido
e um secretário-geral do mesmo. Não é nenhuma novidade. Faz parte do modelo dos
estatutos dinâmicos que todos já conheciam. Aqueles estatutos que os
Combatentes conceberam e que funcionaram até há bem pouco tempo. Portanto é
este modelo de Estatutos que defendemos. Fomos ainda bem longe. Achamos que é
mais interessante, conforme a nossa proposta a condição do presidente do
partido ser candidato do mesmo para cargo de presidente da ANP e que o
Secretário-geral seja indicado como Primeiro-ministro em caso de vitória. É
este modelo de Estatutos que o nosso projecto defende. Na nossa opinião, este
modelo de Estatutos é muito mais leve, mais fácil de gerir, mas sobretudo aquele
que permite maior descentralização dos poderes. Com este modelo cada um passará
a saber onde iniciam e acabam as suas competências como dirigente do partido.
Adopção deste modelo, é previamente evitar as indefinições. Por se este modelo
for adoptado, qualquer um saberá doravante que, quando o PAIGC vai às eleições,
o seu candidato à Primeiro-ministro, é seu Secretário-geral. Muitos já disseram
que, se o secretário-geral for para as funções de Primeiro-ministro, também não
terá tempo para ocupar do partido. Falso pretexto. Nos Estatutos anteriores,
havia um secretário-geral adjunto. E aquilo fez com que o partido funcionasse.
Porquê? Porque se prestava contas. Mas não se pode ter num partido,
instrumentos iguais as que temos hoje, onde ninguém presta contas a ninguém!
UH – Para além da proposta do projecto
que lidera, existe uma outra sustentada pela Plataforma Entendimento e Coesão
Interna. Conhece a referida proposta? Qual é a vossa diferença?
ADD
– O nosso Projecto não subscreve a proposta que está a ser sustentada pela Plataforma.
Pelo menos até este momento em que estamos a falar. Mas estamos a negociar e
não queria falar tanto nisso.
UH – Embora não esteja interessado em
falar em pessoas, gostaria de saber a sua opinião sobre a aposta em Carlos
Correia como presidente do PAIGC?
ADD –
Não constitui nenhuma novidade essa intenção de militantes em ver o partido
entregue aos mais velhos. Acho que essa era passou. Não é por acaso que Malam
Bacai Sanhá esteve no Congresso de Gabú. Todos sabiam que ele nunca seria
Primeiro-ministro. Devia estar na presidência do partido para passar testemunha
a nova geração. O que me faz pena é pessoas continuarem a pensar dessa mesma
forma. Digo pena, porque parto sempre de princípio que cada um de nós tem um
período útil na vida. O que sou capaz de fazer é, não é igual com o que farei
quando atingir 70 ou 80 anos. No nosso Projecto temos muito respeito e estima
aos nossos mais velhos. Mas acho que eles mesmo devem ponderar. O PAIGC está
aqui onde está, porque estes que hoje chamamos de veteranos de partido é que o
conduziram na altura, enquanto jovens. Eles é que fizeram a gestão do partido
até aqui e na situação em que está. O que não conseguiram fazer para o partido enquanto
jovens, não será feito agora, onde já estão com uma idade tão avançada. Não
será agora que vão alterar tudo para positivo. Passação de testemunha é
necessário, mas noutros moldes. Somos da opinião que os veteranos constituiriam
para nós, uma biblioteca de orientação para a nova geração na gestão do
partido. Deviam ser eles a fazer-nos evitar erros que tiveram no passado, sejam
involuntários ou não.
UH - Acha que não é pertinente a
candidatura de Carlos Correia?
ADD
– Considero que a candidatura dele deve ser ponderada. O assunto Carlos Correia
pode ser tratado doutra forma.
UH – Faltam-me três questões. O PAIGC; o
Governo e áreas prioritárias do país. Está a preparar para o Congresso sem
garantias de que vai ter lugar. Acredita que o PAIGC vai ao Congresso antes das
eleições?
ADD –
Neste momento, se o PAIGC quer participar nas próximas eleições, o único
caminho que dispõe é fazer o Congresso. Se na verdade queremos respeitar
dispositivos legais em vigor no país e se queremos que o PAIGC vá as eleições,
obrigatoriamente temos que fazer o Congresso. O congresso tem de ser feito. Se
não, o partido, nas presidenciais, por exemplo será obrigado a ir atrás de um independente.
Mas se isso acontecer, seria extremamente grave. Até prova em contrário,
acredito que vamos ao Congresso antes das eleições.
UH – Quem é que acha que é responsável
para organização do Congresso?
ADD
– Não vou aqui pessoalizar, mas existem comissões. Existe uma direcção, embora
o mandato já esteja expirado. Eles é que devem trabalhar para que haja
Congresso. Mesmo se o mandato da direcção terminar como terminou, foram
instituídas comissões para organizar o Congresso e estas comissões devem
funcionar. Portanto esta direcção caduca é responsável pela organização do
Congresso.
UH – Recentemente houve uma remodelação
governamental e surpreendentemente, foi afastado. Pediu para sair, foi surpresa
ou esperava que podia acontecer a qualquer momento independentemente do
trabalho que estava a fazer?
ADD –
Não. Mas compreendo que nos lugares somos sempre passíveis de sermos
substituídos. Se cheguei ao Governo como ministro das Finanças, é porque quem
estava lá saiu. Portanto lugares como aqueles são passageiros. Um sai outro
entra. E quando nos substituírem, não devemos levar a mal por isso.
UH – Mas muitos dizem que foi uma saída
surpreendente por aquilo que fazia?
ADD
– Quem o disse tem os seus fundamentos. Inspirou os seus argumentos certamente
no trabalho que fiz. São opiniões das pessoas que reconhecem o trabalho das
pessoas e agradeço apenas. Mas para mim não, porque tenho noção do que é ser
ministro nesse país. Na minha opinião, neste país, um ministro que de facto
quer trabalhar, quer pôr ordem e disciplina como noutros países, não passa de
um escravo. Para mim era escravatura, porque os esforços para cumprir tudo
aquilo que é necessário para satisfazer minimamente a sobrevivência de
administração central do Estado, nos levava a ultrapassar as nossas capacidades
físicas. O que me animou como ministro, é que estava lá para pôr ordem. O que
Amílcar Cabral nos ensinou e aquilo que os Combatentes nos ensinaram,
disciplina e rigor é só isso que tentamos aplicar na prática. Não gosto de
funcionar fora de dispositivos legais em vigor. Porque para chegarmos a
determinadas funções, existe sempre proposta no quadro dum termo de referência
bem definido. Quando assim, temos a consciência clara que é um lugar passageiro
qualquer dia vamos sair.
Quando
chegamos estruturas como finanças, o que devemos fazer é mobilizar receitas e distribuir
o pouco que consegue colectar em nome da sociedade e do país, ao contrário não
vale a pena ser ministro das Finanças. Porque para distribuir recursos tão
limitados ou que não existem são necessárias muitas ginásticas. Muitos até me
perguntavam como conseguia pagar salários. Respondia que não tínhamos nada, mas
as boas políticas, a boa organização do Ministério das Finanças para combater
atropelos a lei na gestão de escassos recursos. Ou fazer gestão da coisa
pública fora de dispositivos legais em vigor, não podiam ser admitidas.
UH – Mas pessoas que não gostam das suas
medidas, estão no Governo ou noutras estruturas de decisão?
ADD –
Claro. Porque, sempre disse que não eram medidas impopulares. O que fizemos era
medidas necessárias. Hoje, estou convicto de que as medidas que tomei no
Ministério das Finanças é que podem levar este país para frente. Qualquer
ministro que lá chegar, se não tomar as mesmas medidas, este país não vai a
lado nenhum. Porque são reformas necessárias e indispensáveis. Quando tomo
medidas não invento ou faço a minha maneira. Tento implementar o que aprendi na
Faculdade. É isso que faço sem compromissos com ninguém. Não tenho compromissos
com ninguém. Aliás, é bom que as pessoas saibam que não recebo no Governo.
Quando me chamam para o Governo, é mediante uma requisição no BCEAO. E onde me
requisitaram é que se encarrega do meu salário. As requisições que fazem de
mim, é sempre nos momentos conturbados. Chamem-me como bombeiro. E na missão de
apagar fogo, para salvar o pais. Portanto, como ministro das Finanças, estava
lá numa autêntica escravatura, mas sempre correspondia a expectativas das
pessoas que propõem o meu nome. Em 1998, por exemplo fui ministro das Finanças.
Pagava praticamente dois salários num mês. No Governo de Fadul. Se hoje,
fala-se tanto em Fadul, também contribui para o sucesso do seu Governo. É isso
que me anima com o trabalho que fiz nas Finanças ao lado de toda equipa que
encontrei lá. Sempre apostei em competências. Porque agora, não vou estragar o
meu trabalho devido a política. Pensar que sou ministro, quando lá chegar vou
correr com todos os quadros. Comigo isso não funciona. Um quadro pode ser
rebelde com todos, mas a mim só interessam resultados. Eu nem preocupo em saber
dos partidos, porque na transição o que se exige, são resultados. Atenção: se
decidirmos politizar o Ministério das Finanças, não restam dúvida que não vai
funcionar.
UH – O seu desempenho não foi
contestado, mas houve uma questão muito controversa: campanha de castanha de
caju e que envolveu o nome do ministro das Finanças?
ADD
– A situação da campanha tem a sua explicação. Só alguém imbuído de má-fé vai
querer envolver o meu nome. Se repararem bem, antes do surgimento do pagamento
de 50 Fcfa; antes do surgimento do FUNPI, o preço por quilograma não era assim
tão polémico. A campanha iniciava com certas anomalias, mas depois
estabilizava-se em termos do preço. Antes de 50 Fcfa aparecer, o preço não era
assim tão polémico. Mas depois de aparecer, o preço começou a ter problemas
sobretudo no produtor. Ouvi
certas pessoas a dizer que o ministro das Finanças é responsável pela situação
vigente na campanha de castanha de caju. Não é verdade. Essas afirmações não
correspondem a verdade. Podemos admitir que no primeiro ano do pagamento de 50
Fcfa, as pessoas foram surpreendidas. Dissemos até que definiram regras dentro de
do jogo iniciar, quando devia ser antes. Admitimos que as pessoas foram
apanhadas de surpresa, porque os operadores não introduziram 50 Fcfa nas suas
estruturas de custo. Mas aquilo foi só no primeiro ano. Mas depois, todo aquele
que é operador económico que pretende ganhar dinheiro tinha que prever. Porque
é óbvio que ninguém decidiria oferecer 50 Fcfa e todos introduziram aquilo nas
suas estruturas de custo. Outra
coisa: Dizer que os estrangeiros é que pagam, não corresponde a verdade. Em
cada nível de cadeia de caju, estes 50 Fcfa são pagos. Dizem que quem paga são
os indianos. Os indianos compravam junto dos nossos exportadores, os 50 Fcfa
reflectem nos custos que pagará ao exportador. O exportador por sua vez, vai ao
intermediário que também calcula os seus 50 Fcfa. Não oferece. O intermediário
vai junto ao produtor e reflecte ali os seus 50 Fcfa. São estas ginásticas é
que estão a penalizar a campanha. Não é verdade que são os indianos que pagam.
A campanha está como está, porque todos foram buscar 50 Fcfa junto do produtor.
As pessoas impuseram os produtores a pagarem custos que não deviam. Mas
se recordamos o que fizemos no Ministério, posso até dizer que foi um trabalho
enorme. Na castanha do ano passado, fomos obrigados a devolver 40 Fcfa, porque
não conseguiram exportar. Fizemos a devolução porquê? Porque se a campanha
deste ano tivesse apanhado o stock de 2012, seria pior. Foi um consenso no
Conselho de ministros e decidimos devolver as pessoas 40 Fcfa. Para este ano,
antes da campanha iniciar, recebemos missões de instituições financeiras
internacional (BM e FM). Discutimos com o banco Mundial e o FMI. Porquê? Porque
o crescimento económico do ano passado foi negativo. Foi -1,5 por causa da má campanha de castanha de
caju. E para não repetirmos os mesmos números tendo em conta que o preço
internacional da castanha não está bem, fizemos uma projecção de crescimento
económico de 3,5. Podemos atingir este nível se a campanha fosse boa. E eles
recomendaram mesmo para este ano suspender o pagamento de 50 Fcfa. Discutimos e
como ministro das Finanças, tenho a minha opinião. Foram junto ao
Primeiro-ministro e disseram que era necessário suspender pelomenos este ano
pagamento de 50 Fcfa, porque senão, a campanha seria péssima. Saíram lá e foram
para o Presidente da república dizê-lo a mesma coisa. Suspender 50 Fcfa este
ano é uma necessidade para salvar a campanha e retomar no próximo ano, com a justificação
de que o preço internacional da castanha
não está bem. Daí, eu na qualidade de ministro das finanças, disse não. Se
suspendermos, pode vir a cair no esquecimento e ninguém aceitará pagar no
próximo ano. Vamos repetir aquilo que pagaram no ano passado. Eram 10 Fcfa. E
foram 10 Fcfa que estipulamos como FUNPI através do despacho conjunto. E foi
naquele período é que se comprou mais castanha no país. Tudo estava parado.
Isso animou a campanha porque se tratava de medidas certas se na verdade não
queremos politizar a castanha. Se essa medida prevalecesse, hoje o camponês não
ficava com a sua castanha no mato.
UH – Mas o parlamento obrigou…
ADD
– Espere só esclarecermos uma coisa. Se tivessem mantido o preço até a data,
ninguém compraria a castanha em menos de 210 Fcfa. Se estas medidas tivessem
continuado esta situação seria outra. Era só questão de tempo. Toda a castanha
iria sair junto do produtor e hoje o país não teria fome. Não
sou talvez, o melhor economista deste país, mas o que aprendemos deixa-nos a
vontade para pronunciarmos e recomendar. É verdade que ANP é um órgão soberano.
Ninguém tem dúvidas disso. Mas por vezes as medidas que toma e que pensa que
servem para ajudar o país, acabam por ser contrárias. Não é a primeira, nem
segunda e nem a terceira. Essa medida que ANP tomou, foi uma das principais
razões do bloqueio da campanha de castanha de caju. Não devia ser assim. Deviam
pelo menos a nível da Comissão Permanente sentar e discutir o assunto com
sangue. Quando Governo tomou essa medida não foi de ânimo leve e nem visava
beneficiar ninguém. Visava apenas salvar a campanha e o país. Salvar a
população. Alguém nos disse uma vez que cada castanha exportada, foi tocada por
uma mão. E essa mão precisa de ser tida em conta nas nossas decisões. Queríamos
salvar apenas a campanha. Mas se o problema foi até a esse nível e chegar as
autoridades máximas do país, o que faltava era apenas a concertação. Não fica
bem as instituições do Estado estarem a tomar medidas isoladas ou de
musculação. Na economia pior ainda. Na economia 1+1=2. E as medidas que ANP
tomou não vão ajudar. Aliás, bloquearam a campanha. Repito
mais uma vez que ANP pensa que as medidas que tomam servem para ajudar o país,
não. Por vezes são piores. Falo com conhecimento de causa. E recuo para dizer
que assistimos aqui neste país ANP a tomar medidas para acabar com imposto de
reconstrução nacional. Mas aquela foi má política. Foi uma decisão incorrecta.
Foi esta ANP é que baixou taxas para incentivar a importação do arroz. Sabe o
que isso significa, matar produção local do arroz. E entramos nesta questão de
castanha e certamente vai matá-la também. Deixo
um aviso: se misturarmos bastante medidas políticas com medidas económicas, o
resultado será bloqueio. Se com decretos e demais outras decisões queremos
controlar a economia, vamos criar economias subterrâneas. Quer queiramos ou
não, não vai marchar, porque na economia, não há milagres.
UH – Para si na Guiné-Bissau, qual é a
área que deve ser priorizada para podermos atingir o desenvolvimento?
ADD –
Já o disse em várias ocasiões e repito: Se pretendemos sair dessa situação
temos que resolver o problema da energia. É a primeira área. Mesmo se
decidirmos dedicar mandato de um Governo só para a resolução do problema
energético. Se resolvermos este problema, o desenvolvimento terá caminho para
andar. Se não fizermos isso, não vamos a lado nenhum. No
segundo ponto, vem a educação. Temos que viver da experiência de outros países.
Se tivermos quadros competentes, quadros que aceitarem desafios, vamos mudar as
coisas. Dissemos sempre quadro intelectual, mas a intelectualidade não é apenas
ler e escrever. É esse entendimento de muitos sobre o que é ser intelectual.
Mas noutros países, a camada intelectual, é responsável pelo relançamento do
país. Cabral foi intelectual da sua época, mas fez revolução. Mas isso não se
limita em escrever e ler. Um intelectual tem que saber conceber, organizar, mas
sobretudo orientar as massas a volta a sociedade para que saiba o que deve
fazer. É isso que pode trazer desenvolvimento num país. Os Governos sem povo
não conseguem reformas, nem económicas e muito menos sociais. Nenhum Governo
faz reformas. Quem faz reformas é a sociedade. Todas as reformas concebidas por
um Governo, para serem implementadas, a sociedade tem de aceitar. Se não
aceitar é só caos que se cria no país. É isso que me leva a dizer que não é o
governo. O Governo concebe as reformas e quem aceita é a sociedade. E para que
a sociedade aceite, é bom que sejam claras, porque ninguém ficará eternamente
nas reformas. As reformas têm custos e os custos recaem nas pessoas. Aceito a
reforma, porque no final a minha vida ficará bem. Sem isso, não pense nisso.
Portanto são essas áreas para mim são prioritárias para quem quer desenvolver. E
na terceira posição, vem as infra-estruturas. Se conseguirmos nessas três
áreas, o país terá um largo caminho para o desenvolvimento.
Posted on 07:36 by Militante do PAIGC
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